OBRAS DA TRANSNORDETINAS SERÃO RETOMADAS EM 2019
Doze anos se
passaram e a Transnordestina, ferrovia símbolo da retomada do desenvolvimento
do Nordeste, continua inacabada. A Transnordestina Logística S.A., empresa
privada responsável pela construção e operação da Ferrovia Nova
Transnordestina, deve retomar as obras da ferrovia no segundo semestre de 2019.
Já foram gastos mais de R$ 6,4 bilhões na ferrovia e ainda faltam mais de R$
6,8 bilhões para concluí-la. As obras estão paradas.
Os novos
prazos foram apresentados pela empresa administradora da rodovia à Bancada do
Nordeste, da Câmara dos Deputados, durante audiência, em Brasília. O diretor-presidente da Transnordestina
Logística, Jorge Luiz de Mello, explicou que agora se trata de apresentar à
ANTT projetos detalhados de tudo o que precisa ser feito. De um total de 13
lotes, cinco já foram entregues. “Quando entregarmos os 13 e eles terminarem a
análise, a situação destrava. O que o TCU está cobrando é que a ANTT aprove o
projeto”, afirmou.
O trecho de
Paulistana, conhecido como circuito do minério de ferro, deve ser o primeiro a
ser entregue, faltam 15 quilômetros para a conclusão. “Um dos grandes achados é
entregar primeiro algum porto para gerar operação e receita. E vamos priorizar
o trecho do Porto de Pecém, onde há o circuito do minério, para só depois
terminar o outro trecho”, defendeu o diretor de Desenvolvimento da
Infraestrutura do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Otto
Burlier.
O
coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César, falou sobre o descaso
e reclamou dos prejuízos que a região acumula com a obra inacabada. “É
lamentável uma obra dessa magnitude passar por tudo isso, já são 12 anos de
espera e prejuízos incalculáveis na escoação de minérios e produtos agrícolas,
pronta a contribuição no PIB seria de R$ 7 bilhões por ano, imagine o impacto
positivo para o Nordeste”.
Até dezembro
de 2016, foram investidos na ferrovia R$ 6,4 bilhões e houve avanço físico de
52% do total da obra. Faltam ainda R$ 6,8 bilhões, totalizando R$ 13,2 bilhões.
A principal demanda da Transnordestina Logística e também dos ministérios
envolvidos com o assunto é por um novo parceiro privado estratégico que invista
R$ 4,5 bilhões.
A construção
da ferrovia – uma concessão feita pelo governo à iniciativa privada – está
praticamente parada desde 2017 por conta de indícios de irregularidades
flagrados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). São problemas de governança,
qualidade, falta de estudos e desconhecimento de valores, o que levou ao
bloqueio das aplicações de recursos federais.
Fonte - ASCOM do Dep. Júlio César.
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