BRASIL SOFRE, MAS VENCE CHILE POR 3 A 2 NOS PÊNALTIS EM JOGO TENSO EM MG

A seleção brasileira, comandada por Luís Felipe Scolari dá mais um importante passo rumo à conquista do tão sonhado hexacampeonato. Venceu o Chile por 3 a 2 no pênaltis, após empatar no tempo normal e prorrogação por 1 a 1.

A vitória sobre o Chile, no estádio Mineirão, em Belo Horizone, foi sofrida, mas serviu para mostrar que o grupo está fechado e pronto para seguir firme no desafio de, 64 anos depois, conquistar um título mundial em casa. A vitória por 3 a 1 na tarde deste sábado (28/06), deixou o país em festa. Agora, só faltam 3 desafios para a torcida encher o peito e soltar o grito de campeão.



A seleção brasileira teve sua primeira prova de fogo nesta Copa do Mundo. E passou raspando. Dominada na maior parte do jogo, sofreu demais diante do antigo 'freguês' Chile e empatou por 1 a 1 no tempo normal. Nos pênaltis, porém, brilhou a estrela de Júlio César. O goleiro defendeu duas cobranças, salvou o Brasil de uma eliminação precoce e classificou os anfitriões para as quartas de final.

Contestado antes do Mundial por atuar na fraca liga dos Estados Unidos, o camisa 12 deixou o Mineirão como o grande herói do Brasil até aqui na Copa. Uma classificação no sufoco, dramática. Com a dificuldade que Felipão, desde o sorteio das chaves, já havia anunciado. Mas que põe o Brasil no caminho de um possível reencontro com seu passado: 64 anos depois, pode novamente enfrentar o Uruguai em uma Copa em casa. Para isso, basta que os antigos rivais eliminem a Colômbia neste sábado, às 17h. Chance de finalmente exorcizar o 'Fantasma de 1950'.

O Brasil finalmente conseguiu colocar em prática a tática utilizada na Copa das Confederações. Marcou forte a saída de bola do adversário, pressionou e abriu o placar no início do jogo. Após cobrança de escanteio, Jara empurrou contra as próprias redes em disputa com David Luiz (gol foi dado para o brasileiro). O Brasil era melhor no jogo, o segundo era questão de tempo. Mas uma inacreditável bobeada defensiva trouxe emoção à partida. Marcelo e Hulk se atrapalharam em cobrança de lateral e a bola sobrou dentro da área brasileira para Alexis Sanchez, que empatou.

O jogo ficou dramático e aberto, com chances de ambos os lados. Hulk marcou aos 9, mas a arbitragem entendeu que o atacante ajeitou no braço antes de chutar e anulou o lance. Júlio César fez milagre em chute de Aránguiz aos 19. Bravo respondeu com outro milagre cara a cara com Hulk aos 38. Bom desempenho dos goleiros que impediu que houvesse um vencedor no tempo normal.

O calor de um jogo às 13h cobrou seu preço na prorrogação. As duas equipes acusaram cansaço e os espaços surgiram. O Brasil cresceu e quase marcou com Hulk, mas novamente Bravo salvou. Os chilenos se encolheram e os minutos finais do tempo extra foram de pressão total dos donos da casa. Mas a grande chance foi do Chile: Pinilla recebeu na entrada da grande área e mandou uma bomba no travessão.

Nas penalidades, David Luiz abriu as cobranças convertendo para o Brasil. Júlio César defendeu o chute de Pinilla. Na sequência, porém, Willian chutou para fora. Alexis Sanchez também parou no goleiro brasileiro. Marcelo ampliou para os anfitriões. Aránguiz fez o primeiro gol chileno. Hulk chutou em cima do goleiro Bravo. Marcelo Díaz empatou o duelo. Neymar recolocou os donos da casa em vantagem. Na última cobrança, Jara mandou na trave e selou a classificação brasileira.

Júlio César apontado como culpado pela eliminação brasileira na Copa de 2010, o goleiro chegou à redenção logo nas oitavas de final do Mundial de 2014. O camisa 12 se agigantou nas cobranças de pênalti ao defender três cobranças. Com a bola rolando, fez uma grande defesa no segundo tempo e garantiu o empate. Uma tarde heroica.

Daniel Alves  mais uma vez teve uma atuação ruim. Apareceu pouco no ataque, voltou a ceder espaços na defesa e ainda levou um baile de Vidal pelo lado direito. Na outra lateral, Marcelo também não esteve em uma tarde inspirada.

Felipão promoveu mudanças na equipe titular, com a entrada de Fernandinho na vaga de Paulinho no meio-campo. A alteração não produziu grandes resultados. O meio-campo brasileiro continuou inoperante na armação, com muitas ligações diretas defesa-ataque.






Fonte: UOL

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