MATADOUROS DE 75 MUNICÍPIOS PIAUIENSES SERÃO FISCALIZADOS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO
Membros do
Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI) se reuniram, na manhã
desta segunda-feira (11), na sede da Procuradoria Geral de Justiça, com o
presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Piauí (CRMV-PI), Antônio
Auro, para assinarem o termo técnico para que sejam iniciadas as fiscalizações
em matadouros de 75 municípios do Estado.
Segundo a
promotora Denise Costa Aguiar, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de
Defesa do Meio Ambiente (CAODMA), o objetivo do termo é proporcionar
a melhoria dos matadouros.
“Começaremos
por esses municípios que necessitam de fiscalizações mais urgentes. A ideia é
realizar, em outra oportunidade, uma reunião com todos os promotores de Justiça
dessas cidades, para que possamos fazer uma campanha intensiva, abrangendo todo
o Piauí e alertando para esse problema”, explica Denise Aguiar.
O presidente
do CRMV-PI, Antônio Auro, ressalta que a iniciativa foi tomada devido à
constatação de péssimas condições higiênicas e sanitárias em diversos
matadouros no Piauí. Segundo ele, a situação é precária por conta de problemas
estruturais e da falta de qualificação para o tratamento da carne, o que pode
favorecer o surgimento de doenças graves na população, como infecções, por
exemplo.
Para o
presidente da Associação Piauiense do Ministério Público (APMP), Paulo Rubens
Parente Rebouças, a entidade vai dar total apoio durante toda realização da
fiscalização. “As medidas de inspeção sobre os matadouros públicos devem se
concentrar não apenas no abate da carne, mas também no transporte e
manipulação, onde há muitas irregularidades”, observa.
A
fiscalização sobre os matadouros será feita pelo MP-PI, CRMV-PI, Vigilância
Sanitária, Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMAR) e Agência de
Desenvolvimento Agropecuário do Piauí (ADAPI). As inspeções devem ser
finalizadas até o fim de outubro deste ano, com a emissão de relatórios
técnicos que serão enviados às respectivas Promotorias de Justiça, bem como
realizada uma reunião conjunta com os técnicos, prefeitos e promotores em
novembro de 2014, para deliberar sobre soluções para as questões em torno do
assunto.
Fonte: Ascom
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