MAIA E ALCOLUMBRE SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS À PRISÃO EM 2ª INSTÂNCIA.
Os presidentes da Câmara e do Senado
serão os principais obstáculos à aprovação das propostas de emenda
constitucional (PECs) que tramitam nas duas Casas que retomam a prisão em
segunda instância. Os dois avaliam que é melhor não confrontar a decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu ontem, por 6 votos a 5, que as
prisões só devem ocorrer após o esgotamento de todos os recursos.
Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), no entanto,
serão pressionados por deputados e senadores que defendem, sobretudo, a
Operação Lava Jato – principalmente por líderes partidários que já se
manifestaram contra a decisão do Supremo. Os dois também temem que o assunto
possa elevar a temperatura no Congresso e aumentar as dificuldades para a
aprovação do pacote enviado pela equipe econômica, com reformas estruturantes.
O efeito mais imediato do novo posicionamento do Supremo é a praticamente certa
soltura do ex-presidente Lula, principal líder oposicionista do país.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do
Senado, Simone Tebet (MDB-MS), anunciou nesta sexta (8) que vai incluir na
pauta da próxima reunião do colegiado a PEC que prevê a prisão em segunda
instância de autoria do senador “lavajatista” Oriovisto Guimarães (Podemos-PR).
Proposta semelhante deve ser pautada nas próximas semanas na CCJ
da Câmara, mas com muito enfrentamento das bancadas de partidos de esquerda,
como PT, Psol e PCdoB.
“Diante da decisão do STF, principalmente da declaração de voto
do presidente daquela Corte no sentido de que o Congresso pode alterar a
legislação sobre a prisão em segunda instância, incluirei, na pauta da próxima
reunião da CCJ, a PEC de autoria do senador Oriovisto Guimarães”, disse a
senadora. Como o Congresso só funcionará na segunda e na terça na próxima
semana, a tendência é que a apresentação do parecer da relatora, Selma Arruda
(Podemos-MT), fique para a quarta seguinte.
FONTE: CONGRESSO EM FOCO
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