SAÚDE DEFINE ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO AO CORONAVÍRUS NO ESTADO DO PIAUÍ
Nesta
terça-feira (28), o Ministério da Saúde elevou a classificação de risco do
Brasil para o nível 2
FONTE: COM INFORMAÇÕES DA ASCOM
O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, reuniu-se, nesta
terça-feira (28), com autoridades de saúde, vigilância e fiscalização para
definir ações de instruções e cuidados diante da emergência por doença
respiratória, causada por agente novo coronavírus.
Entre os pontos definidos na reunião estão capacitação dos
profissionais da saúde da Atenção Básica e dos hospitais regionais e de
referência; reunião com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), Controladoria
Geral do Estado (CGE) e setor de compras da Secretaria de Estado da Saúde
(Sesapi) para iniciar um processo de dispensa de licitação para aquisição de
equipamentos de prevenção em caráter de urgência e instalação de uma equipe de
monitoramento, que se reunirá mensalmente para analisar o estado da doença.
De acordo com Florentino Neto, a Sesapi vai focar, no primeiro
momento, já que não há registro de casos no Brasil, na capacitação das equipes
de saúde para o diagnóstico de insuficiências respiratórias e no manejo dos
pacientes que possam apresentar sintomas da doença.
“A Sesapi convocou essa reunião para discutirmos e estabelecer
ações conjuntas com os demais órgãos com relação à doença respiratória grave,
causada pelo coronavírus. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da
Saúde estabeleceram uma situação de alerta, e nós aqui do Piauí fizemos esse
grupo de trabalho, de onde tiramos encaminhamentos, que a gente possa ter uma
ação de prevenção e sendo detectado casos, tenhamos como atuar prontamente”,
afirmou o gestor.
O superintendente de Atenção Integral à Saúde da Sesapi, Herlom
Guimarães, disse como será realizado o monitoramento do coronavírus pelas
unidades básicas de saúde. “A Vigilância Epidemiológica, junto à Atenção
Básica, têm a preocupação primordial de qualificar seus profissionais, já que
sabemos que a atenção primária é a porta de entrada desses pacientes. É bom
sempre frisar à população, que entramos em nível de alerta da doença e é uma
questão que muda a conduta do que temos que fazer, por isso o foco da Sesapi é
em capacitar nossos profissionais, para que possam fazer um atendimento de
eficiência”, ressalta Guimarães.
Para a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, os
principais cuidados que o Brasil deve ter nesse momento é em relação ao período
do Carnaval, já que o país receberá turistas vindo de vários locais do mundo.
“Nós estamos vigilantes em todas as regiões, mas principalmente naquelas em que
o fluxo de turistas, durante o período do Carnaval se intensifica, para que
nossas equipes estejam prontas para qualquer atendimento, já que está quase que
100% confirmado, que a transmissão da doença é dada de pessoa para pessoa”,
afirmou a especialista.
Classificação
de risco
Nesta terça-feira (28), o Ministério da
Saúde elevou a classificação de risco do Brasil para o nível 2, que significa
“perigo iminente” – até segunda-feira (27) o país estava em nível 1 de alerta.
A mudança de patamar faz parte de um protocolo envolvendo a escala, que vai de
1 a 3 – o nível mais elevado só é ativado quando são confirmados casos transmitidos
em solo nacional. Nível 1- alerta, Nível 2 – perigo iminente e Nível 3 –
emergência em saúde publica.
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
voltou atrás e passou a classificar como “elevado” o risco internacional de
contaminação pelo novo coronavírus. A organização esclareceu que, por um “erro
de formulação”, havia apontado o risco como “moderado”.
O novo coronavírus, que já infectou
4564 mil pessoas em 14 países. O vírus é transmissível em seu período de
incubação, ou seja, antes dos sintomas aparecerem. Nomeado oficialmente de
2019-nCoV, o novo coronavírus causa infecção respiratória aguda. Sintomas
começam com uma febre, seguida de tosse seca e, depois de uma semana, leva à
falta de ar. Ainda não há cura nem vacina.
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