GOVERNADOR DO PIAUÍ DECRETA CALAMIDADE E ADOTA MEDIDAS DURAS PARA BARRAR CORONAVÍRUS
As medidas são
rígidas e incluem a suspensão de todos os eventos públicos e privados e o
fechamento de bares e restaurantes.
FONTE - PORTAL PARLAMENTO PIAUÍ
Prefeito de Teresina, Firmino Filho, com o governador do Piauí,
Wellington Dias Foto: Paulo Barros/CCom
Em uma entrevista coletiva concedida no começo da tarde desta
quinta-feira (19), no Salão Branco do Palácio de Karnak, em Teresina, o
governador do Piauí, Wellington Dias, anunciou o decreto de calamidade pública
no Piauí por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19). As medidas anunciadas
são rígidas e incluem a suspensão de todos os eventos públicos e privados e o
fechamento de bares, restaurantes, casas de shows, boates, clubes e outros.
Os prefeitos de Teresina, Firmino Filho, e de Timon, Luciano Leitoa; o presidente da Associação Piauiense de Municípios, prefeito Jonas Moura, o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Francisco Costa, e vários secretários de Estado, participaram da coletiva.
Os prefeitos de Teresina, Firmino Filho, e de Timon, Luciano Leitoa; o presidente da Associação Piauiense de Municípios, prefeito Jonas Moura, o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Francisco Costa, e vários secretários de Estado, participaram da coletiva.
O decreto, que fecha o comércio [restaurantes, bares, shoppings e
outros], já foi encaminhado à Assembleia Legislativa, que vai se reunir
virtualmente ainda nesta semana, em videoconferência on line, para votar a
matéria em regime de urgência dada a gravidade da situação da pandemia no
Brasil.
"O objetivo é agilizar para que dentro do Piauí possamos trabalhar
numa situação que vai além da urgência e emergência. Poder garantir as
condições de ter recursos humanos e financeiros voltados para este objetivo. É
um decreto de calamidade voltado para este objetivo de lidar com os efeitos do
coronavírus. Estamos também fazendo uma nova etapa de medidas. Medidas mais
fortes do que já tínhamos feito antes. Estamos determinando que sejam suspensos
todos e qualquer evento, em qualquer área, particulares inclusive, na linha da
prevenção. Além do não funcionamento de bares, restaurantes e shoppings",
adiantou o governador sobre o decreto.
"Precisamos reduzir acidentes, a demanda de acidentados para
viabilizar condições de atendimento aos que por ventura precisar. Vamos
encaminhar ainda hoje para a Assembleia Legislativa do Piauí. A Assembleia
deverá homologar ou não o decreto de calamidade
Wellington Dias pretende inclusive fechar parcialmente as fronteiras do
Piauí para a entrada de veículos com pessoas vindas de outros estados.
“Em Teresina e outras cidades vamos apresentar o plano para funcionamento
apenas no horário de pico. Também destaco que vamos colocar controle em todas
as entradas do Estado. Vamos preparar equipes para isso. A Polícia Militar, o
Exército, guardas municipais para garantir o controle nas entradas. Isso para
garantir que tenhamos medidas de prevenção de pessoas. São pessoas que se
deslocam em outros estados, alguns clandestinos que deslocam para nosso estado.
Se tem condição do isolamento social, no período de sete dias, para evitar a
transmissão”.
Reunião com comitê de emergência no Palácio de Karnak, em
Teresina
Foto: Paulo Barros/CCom
Foto: Paulo Barros/CCom
O
prefeito de Teresina também alertou para a gravidade da situação. E da
necessidade da adoção de medidas duras para conter o avanço da Covid-19"É
importante destacar a gravidade. A crise levou ao colapso do sistema na China e
Itália. Já chegou No Brasil e circula entre nós. Não temos casos confirmados.
Temos que conversar de forma tranquila, equilibrada e séria. É um momento
atípico. Nunca passamos por isso. Não sabemos o que vai ocorrer. Quanto tempo
vai durar. Por isso temos que conversar de forma tranquila contra esse inimigo
invisível. Precisamos vencer. Avançamos com essas novas medidas. Vamos fazer um
decreto de calamidade e fechar locais que reúnem pessoas. Isso leva a menor
circulação”, afirmou o prefeito Firmino Filho, em discurso no Karnak.
“Novas medidas poderão ser tomadas. Toda a nossa estratégia é para que a rede hospitalar e de saúde possam atender os contaminados que vão precisar de atendimento. Vamos prevenir para que nosso sistema de saúde possa resistir. São medidas duras, mas necessárias", justificou o prefeito de Teresina.
“Novas medidas poderão ser tomadas. Toda a nossa estratégia é para que a rede hospitalar e de saúde possam atender os contaminados que vão precisar de atendimento. Vamos prevenir para que nosso sistema de saúde possa resistir. São medidas duras, mas necessárias", justificou o prefeito de Teresina.
Firmono
advertiu que "a vida de todos se encontra em risco". "Não podemos
nos dividir por medidas políticas e partidárias. Precisamos enfrentar essa
crise. Vamos passar semanas, meses, em um processo desconhecido. Cada um tem
que fazer seu papel. Acionar o sistema de saúde quando necessário. Os
trabalhadores da saúde serão o batalhão de frente. Nossa saúde pública é
referência nacional. Todo trabalhador da saúde é precioso. Mas temos que dizer
para cada trabalhador que o destino das pessoas dependendo do empenho e
dedicação deles. Todos devem se empenhar nessa guerra. Vamos buscar fazer nossa
parte. Temos a certeza que vamos mostrar nossa garra e vamos vencer",
previu.
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