COM TRATAMENTO VARIADO, 422 PACIENTES SÃO RECUPERADOS DA COVID-19 NO PIAUÍ
Fonte: Izabella Pimentel / CidadeVerde
Desde os primeiros casos de coronavírus no Piauí, registrados
ainda no mês de março, 422 pacientes internados tanto na rede hospitalar
privada como na pública já receberam altas médicas e são considerados
recuperados da Covid-19. Os dados foram divulgados pela Secretaria de
Estado da Saúde (Sesapi).
O médico intensivista e integrante do Centro de Operações de Emergência
da Sesapi (COE), Bruno Ribeiro, estima que estes 422 pacientes que tiveram alta
fazem parte dos 15% da população que desenvolveu sintomas mais graves da
Covid-19 e precisou de cuidados hospitalares como oxigênio, fisioterapia e
antibióticos.
“Entre as altas também temos pacientes que ficaram na Unidade de Terapia
Intensiva e que foram salvos por ter tido oportunidade de utilizar ventilador
mecânico, fazer hemodiálise e outros cuidados dentro da UTI”, explica o médico.
Tratamento variado
Bruno afirma que não dá para especificar quais medicamentos foram utilizados em cada paciente que recebeu alta porque os dados não constam no sistema que o Ministério da Saúde utilizada para acompanhar os casos. Ele admite que houve uso da polêmica cloroquina em alguns pacientes, mas ressalta que ainda não há uma medicação que consiga, comprovadamente, eliminar o coronavírus e que os tratamentos adotados variam muito.
Bruno afirma que não dá para especificar quais medicamentos foram utilizados em cada paciente que recebeu alta porque os dados não constam no sistema que o Ministério da Saúde utilizada para acompanhar os casos. Ele admite que houve uso da polêmica cloroquina em alguns pacientes, mas ressalta que ainda não há uma medicação que consiga, comprovadamente, eliminar o coronavírus e que os tratamentos adotados variam muito.
“O tratamento utilizado é bastante variável de Norte a Sul do estado:
medicamentos, doses, duração. Tudo muda de um hospital para outro. Tenho
mantido contato com médicos de todo o estado e posso dizer que as medicações
variam muito. Até hoje não existe um medicamento que consiga comprovadamente
eliminar o vírus. Tudo que estamos utilizando são tentativas de acelerar a
recuperação ou então de combater outros efeitos da doença, como inflamação nos
pulmões ou tendência aumentada de tromboses”, esclarece o médico intensivista
membro do COE.
O médico atribui as altas ao “bom cuidado” que ele afirma que os
pacientes estão recebendo nos hospitais que permite que os organismo de cada
infectados consiga combater o coronavírus através da imunidade.
“Não dá para atribuir a nenhuma medicação. Essas altas estão sendo
registradas desde março e de lá pra cá diversos medicamentos e doses diferentes
tem sido utilizadas. No mês de março cloroquina estava sendo usada somente para
os casos mais graves, conforme orientação do Ministério da Saúde. Pouco antes
do ministro Mandetta sair ele orientou utilizar nos casos moderados e no mês de
maio surgiu a orientação para usar em casos leves. Mas os casos leves nem
chegam a internar”, explica.
Doença séria
Entre os 422 pacientes considerados recuperados no Piauí está o aposentado
José Sabino, 65 anos. Hipertenso, diabético e com problemas no estômago, seu
Zé, como é conhecido, não respeitou o isolamento social e acabou contraindo o
coronavírus.
Após mais de dez dias internado, seu Zé recebeu alta na terça-feira (26)
e diz que ficou “muito emocionado” ao vencer a Covid-19. Segurando uma
“carteira da cura”, o aposentado alerta que a doença é séria.
“É uma doença que avança rápido e se espalha ligeiro. Estava tossindo
muito, como se tivesse muito gripado. Fiquei tão emocionado que recebi alta.
Graças a Deus não precisei ser entubado”, conta seu Zé, que afirma que agora
entende a importância do isolamento social e pede que as pessoas evitem sair de
casa.
“Pessoal eu aconselho todos vocês a ficarem em casa, seguir as
recomendações. Usem máscara porque a doença é seri,a é perigosa. Andei perto de
morrer, mas nao morri graças a Deus e à equipe que cuidou de mim”, disse.
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