DEDOS DE COVID: CIENTISTAS IDENTIFICAM NOVO SINTOMA DO COVID-19
De acordo com a BBC, um estudo
realizado por médicos espanhóis identificou cinco erupções cutâneas, incluindo
os chamados “dedos de Covid”, em pacientes diagnosticados com
coronavírus. Esse sintoma, que afeta a pele, tem a tendência de afetar mais as
pessoas jovens e tem vários dias de duração.
Fonte:
Os pesquisadores se surpreenderam com
a variedade de erupções causadas pela Covid-19 nos pacientes avaliados. O
sintoma apontado por eles ainda não consta na lista de indícios da doença,
porém os chamados “dedos de Covid-19” foram registrados em pés de
pacientes, que não tiveram outros sintomas clássicos do novo coronavírus.
Ignacio
Garcia-Doval, responsável pelo estudo, apontou que a forma mais comum de
erupção cutânea eram as maculopápulas, pequenas brotoejas avermelhadas e
achatadas ou elevadas.
– É estranho
ver várias erupções cutâneas diferentes. (…) Geralmente, elas aparecem mais
tarde, após a manifestação respiratória da doença — portanto, não é útil para
diagnosticar pacientes – disse ele à BBC.
O
artigo sobre o estudo desse sintoma foi publicado na revista científica British
Journal of Dermatology. Todos os dermatologistas da Espanha foram chamados para
expor detalhes sobre erupções encontradas em pacientes.
Dedos de Covid: Cientistas identificam novo sintoma do covid-19
Os
cinco tipos de marcas foram lesões assimétricas, parecidas com frieiras, ao
redor das mãos e pés. Esses casos puderam causar dor ou coceira. O segundo tipo
de erupção foram pequenas bolhas no torso e outros membros, porém mais comum em
pacientes de meia idade. Comichões em áreas rosadas ou brancas, às vezes até
nas palmas das mãos, também foram identificados. Protuberâncias vermelhas
achatadas e elevadas, conhecidas como maculopápulas, apareceram em 47% dos
casos, e duraram cerca de sete dias, mais frequentemente em casos mais graves
de infecção. Por último, o livedo (também conhecido como necrose) foi observado
em 6% dos casos, com a pele tendo aparência vermelha ou azul; esse tipo de
erupção aponta para má circulação do sangue e foi observada em pacientes mais
velhos.
Apesar
da descoberta, os médicos fizeram ressalvas.
– A
relevância deste estudo não é tanto ajudar as pessoas a se autodiagnosticar,
mas ajudar a construir uma compreensão mais ampla de como a infecção pode
afetar as pessoas – esclareceu a presidente da Associação Britânica de
Dermatologistas, Ruth Murphy.
Já
o professor da Universidade de Southampton, na Inglaterra, Michael Head,
afirmou que as erupções cutâneas são efeitos de infecções virais, incluindo a
pneumonia.
– Com a
Covid-19, erupções cutâneas e úlceras na pele foram observadas em uma parcela
dos pacientes hospitalizados. Ainda não sabemos a extensão dessas ligações, ou
precisamente por que essa inflamação ocorre em alguns pacientes, mas não em
outros – falou.
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