VÍDEO: TESTE DO CORONAVÍRUS É REALIZADO DURANTE VELÓRIO NO PIAUÍ E FAMÍLIA SE REVOLTA.
HOSPITAL SE MANIFESTOU
O corpo do
conselheiro municipal de Saúde de Barras, Genival dos Santos, que morreu na
manhã deste domingo (17/05) só foi enterrado duas horas após o horário
planejado. Isso porque não foi realizado o exame para Covid-19 quando o
paciente esteve internado no Hospital Regional Leônidas Melo. O exame foi
coletado quando ele já estava dentro do caixão no local onde estava sendo
velado. As informações são do Longah.
Essa situação desobedece a Resolução
003/2020 da Unidade de Vigilância Sanitária Estadual, que regulamenta
procedimentos de velórios e enterros. A Resolução recomenda que, em tempo de
pandemia, o enterro deva ser o mais breve possível.
O paciente era portador de diabetes e,
no hospital, atestaram que morreu em decorrência de complicações desta
enfermidade. Ele já teria procurado o HRLM na semana anterior, mas fora mandado
para casa. Em nenhuma das vezes foi solicitado o exame para Covid-19, conforme
o acompanhante.
Segundo o vereador José Carcará, amigo
do conselheiro, que acompanhou o caso, quando o corpo estava ainda no hospital
foi perguntado se não coletariam material para exame “A profissional disse que
não havia necessidade porque ele havia morrido em decorrência da diabetes.
Então levamos o corpo para o velório que aconteceria somente enquanto
estivessem abrindo a cova”, relata o vereador.
Acontece que, durante o velório, alguém
recebe o telefonema solicitando que não enterrassem o corpo porque decidiram
fazer o exame para coronavírus. Somente duas horas depois é que chegou uma
técnica da secretaria municipal de Saúde para realizar a coleta, situação que
causou revolta dos presentes.
“Estávamos velando durante o tempo da
abertura da cova, mas quando íamos sair para o enterro fomos surpreendidos coma
informação que tínhamos que esperar. Esperamos mais duas horas”, conta um dos
presentes.
O corpo de Genival Santos foi velado na
capela do Bairro Corujal e o atestado de óbito consta, entre outras causas,
insuficiência respiratória, mas atribuída ao diabetes.
“O que eu soube é que decidiram fazer o
teste para coronavírus após identificarem que as taxas de glicemia apresentadas
no exame de diabetes não estavam suficientemente alteradas para provocar a
morte do Genival. Se isso for realmente verdade e se ele estiver positivo para
coronavírus, a negligência do hospital colocou todo mundo que está ou esteve
aqui em risco. Que situação!”, questiona Carcará.
Veja vídeo de momentos que antecedem a
coleta do exame na capela:
O Hospital Regional Leônidas Melo disse, em nota, que o exame de
coronavírus realizado em um velório, após a morte do paciente foi realizado por
funcionários da secretaria municipal de Saúde do município de Barras.
Em nota assinada pela diretora Laianne de Sousa Santos, ela afirma que o
exame não foi realizado com sua anuência e que o paciente não tinha sintomas
que relacionassem ao coronavírus. Veja:
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