BOLSONARO AFIRMA QUE VETARÁ AMPLIAÇÃO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL EM R$ 600
Fonte: Correio Braziliense.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou,
na noite dessa quinta-feira (11/6), que vetará a ampliação do auxílio
emergencial em R$ 600. O chefe do Executivo se referiu a ideia do Congresso
Nacional de manter o valor do programa. A proposta do governo é reduzir a
quantia pela metade.
A fala do presidente ocorreu durante
a tradicional live semanal. “Na Câmara por exemplo, vamos supor que chegue uma
proposta de duas [parcelas extras] de R$ 300. Se a Câmara quiser passar para R$
400, R$ 500, ou voltar para R$ 600, qual vai ser a decisão minha? Para que o
Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida cada vez
mais impagável. É o veto”, afirmou.
Segundo Bolsonaro, a manuntenção do
valor geraria um impacto adicional de R$ 100 bilhões nas contas públicas. “Se
nós não tivermos cuidado, a (taxa) Selic pode subir, volta a ser o paraíso dos
rentistas, o Brasil, o que a gente chama de agiotagem legalizada. A juros sobe,
e cada vez mais o que nós produzirmos de riqueza vai pra pagar juros da dívida.
Ou seja, e a desgraça vem aí. Se o Brasil quebrar, pessoal, não tem pra
ninguém. Não tem pra ninguém”, disse.
“E a gente tem que ter
responsabilidade. Quem é a gente? É o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o
Judiciário que interfere também em muitas ações que, no meu entendimento, não
tinha que interferir”, concluiu o presidente.
Redução de salário
Nesta semana, durante a reunião
ministerial, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que o auxílio
seria mantido por mais dois meses, mas que o valor seria reduzido pela metade.
Ao sair do encontro, Bolsonaro
afirmou que podia aumentar o valor se deputados e senadores aceitarem reduzir
os próprios salários, como compensação. Em resposta, o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que está disposto a fazer um corte no contracheque
— desde que o sacrifício também seja adotado pelos demais Poderes da
República. Mas é improvável que essa ideia avance.
Lançado em abril, o auxílio
emergencial é destinado a desempregados e informais de baixa renda. A proposta
inicial do programa era atender, por três meses, pessoas que tiveram a renda
afetada devido às medidas de distanciamento social necessárias por causa da
pandemia da covid-19.
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