MANIFESTAÇÕES PRÓ E CONTRA GOVERNO SÃO REGISTRADAS NESTE DOMINGO
Grupos saíram às ruas em várias cidades do país
Publicado em 07/06/2020 - 14:25 Por Marcelo
Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Em
Brasília, as manifestações foram realizadas hoje (7) na Esplanada dos
Ministérios, que se dividiu em duas nesta manhã. A Polícia Militar do
Distrito Federal (PMDF) se posicionou no gramado central e manteve
manifestantes contra o governo do lado esquerdo, onde fica o Ministério da
Justiça, e grupos a favor do presidente Jair Bolsonaro no lado direito, onde
fica o Itamaraty.
O
ato contrário ao governo do presidente Jair Bolsonaro reuniu mais
pessoas. Ao longo da última semana, em diferentes ocasiões, o presidente pediu a seus apoiadores que não
saíssem às ruas hoje para evitar cofrontos com grupos contrários.
Na
Esplanada dos Ministério, pouco depois das 9h, um grande grupo caminhou até o
Ministério da Justiça, onde havia uma barreira policial impedindo o avanço além
daquele ponto. A manifestação unificou pautas como o combate ao racismo, ao
fascismo e contrários ao governo federal. Os manifestantes usavam máscaras,
item de uso obrigatório no Distrito Federal, em virtude da epidemia de covid-19.
Esse
grupo ficou na Esplanada por pouco tempo. Às 11h, ele já caminhava de volta, se
afastando do Congresso Nacional em direção à Biblioteca Nacional, onde
começou a dispersão. O protesto foi pacífico.
Do
lado favorável ao governo, o público saiu às ruas vestido de verde e
amarelo. Os manifestantes tiveram acesso à Praça dos Três Poderes, local que
tem concentrado apoiadores do presidente aos domingos.
O
ministro do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, esteve
presente na Esplanada, acompanhando a movimentação e cumprimentando policiais
que faziam a segurança da área.
A
Polícia Militar informou que não houve registro de ocorrência durante a
manifestação e ninguém foi detido. Além disso, a PMDF informou que não faz
estimativa de público.
Rio de Janeiro
Na
parte da manhã, um grupo de manifestantes a favor do presidente Jair Bolsonaro
fez uma caminhada na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio. Os
manifestantes, muitos vestidos com as cores da bandeira do Brasil, percorreram
um trecho do calçadão no final da manhã e carregaram uma faixa intitulada
Marcha da Família pró Bolsonaro com Deus, que defendia também "intervenção
popular com o Executivo".
Um
grupo de manifestantes contrários a Bolsonaro também esteve no calçadão, com
uma faixa contra integrantes do governo e outra relembrando a vereadora
Marielle Franco, assassinada em março de 2018.
Manifestantes
contrários ao governo ltambém participaram da segunda marcha Vidas Negras
Importam, que foi realizada na tarde de hoje no centro do Rio. O protesto
percorreu a Avenida Presidente Vargas e teve como principais bandeiras o
combate ao racismo e à violência policial, relembrando pessoas negras que
morreram no contexto de ações policiais, como o adolescente João Pedro,
assassinado em casa no dia 17 de maio, em São Gonçalo, e a menina Agatha Félix,
baleada e morta em setembro do ano passado, no Complexo do Alemão.
São Paulo
Os
manifestantes contra o governo se reuniram no Largo da Batata, zona oeste
paulistana, no ato Mais Democracia – antifascista e antirracista. Lideres do
movimento discursaram em um carro de som. Os participantes gritaram palavras de
ordem contra o racismo, contra o fascismo e contra o presidente Jair Bolsonaro.
A Avenida Faria Lima chegou a ter um dos lados da via interrompidos
para o fluxo de carros.
O
ato havia sido inicialmente convocado para acontecer na Avenida Paulista.
Porém, uma decisão determinou que protestos antagônicos não deveriam acontecer
no mesmo local. Na semana passada, houve confusão entre participantes de
manifestações pró e contra o governo. A Polícia Militar interveio, lançando
bombas de gás contra os manifestantes.
Hoje
na Avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp), um grupo de apoiadores do presidente Bolsonaro se reuniu com
bandeiras do Brasil e cartazes.
Desde
o final da manhã, a Polícia Militar esteve presente na região da
Paulista com unidades da cavalaria, viaturas e bloqueios para revistar as
pessoas que saíam das estações do metrô. Segundo a Secretaria de Estado
Segurança Pública de São Paulo, o patrulhamento buscava garantir a segurança da
população e proteger o patrimônio. A corporação usou drones para monitorar
tanto o Largo da Batata, como a Paulista. Algumas imagens foram disponibilizadas
nas redes sociais da PM.
Apesar
da determinação de que os atos acontecessem em lugares distintos, um grupo
contra o presidente também se reuniu em uma das extremidades da Avenida
Paulista, na Praça do Ciclista. Um cordão de policiais militares com escudos,
entretanto, não permitiu que o grupo avançasse na via e o protesto permaneceu a
mais de um quilômetro de distância dos apoiadores do presidente.
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