MOTORISTA LEVA MANEQUIM NO BANCO DA FRENTE DO CARRO PARA MANTER PASSAGEIROS DISTANTES: ‘SÓ PODE SENTAR ATRÁS’
Fonte: G1 Piauí
O motorista Ildefonso Sousa, que faz corridas por aplicativos em
Teresina, teve uma ideia criativa para alertar e conscientizar os passageiros
sobre a importância do distanciamento devido à pandemia do novo coronavírus.
Ele leva no banco da frente a boneca Rebeca, um manequim, para que os
passageiros sejam obrigados a sentar no banco de trás.
Motorista
de app coloca manequim no banco da frente do carro para manter distanciamento —
Foto: Reprodução/TV Clube
“Eu já peguei passageiro que cancelou
a corrida porque eu pedi para ele entrar atrás. O rapaz quis ir na frente, pedi
para ir atrás, ele disse: ‘não, parceiro, não estou doente’, aí eu falei que
entendia, mas que era mais seguro assim, uma exigência dos aplicativos, e ele
questionou, se chateou e cancelou a corrida”, descreveu Ildelonso.
Essa, então, foi a forma que ele encontrou de fazer com que as
pessoas entendam que é importante manter o distanciamento.
“Pensei que com o boneco na frente, ia acabar com esse problema,
as pessoas agora têm que sentar atrás”, contou.
Esse foi um dos cuidados adotados. A boneca, assim como o
motorista, usa máscara para também alertar sobre essa necessidade.
Motorista
leva manequim no banco da frente do carro para manter passageiros distantes —
Foto: Reprodução/TV Clube
Vidros abertos
Pedro Ferreira, taxista, diz que além do distanciamento no
veículo, muita gente não entende a necessidade de manter os vidros abertos
durante a corrida, para melhorar a circulação do ar e reduzir o risco de
contaminação pelo coronavírus.
“A
gente queria o apoio da população, porque tem cliente que entra no veículo e
exige que ligue o ar condicionado. Uma vez um cliente desceu do carro porque eu
não quis, eu falei que ligaria com os vidros baixos, mas ele não aceitou. Ainda
temos esse problema de falta de compreensão”, declarou.
Além disso, a cada corrida o motorista faz a higienização do
carro, em especial a limpeza com álcool em gel nos locais com maior contato,
como maçanetas das portas.
Em Teresina, devido à pandemia, apenas 20% a 30% da frota de
táxis, segundo a cooperativa dos profissionais, tem circulado na cidade.
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