MÉXICO E CHILE SÃO OS PRIMEIROS PAÍSES LATINO-AMERICANOS A VACINAR CONTRA A COVID

O México e o Chile começaram a vacinação contra a Covid-19 nesta quinta-feira (24). O México foi o primeiro país latino-americano a imunizar a população. Os países vão aplicar a vacina desenvolvida em conjunto pela Pfizer e BioNTech.

A primeira dose na América Latina foi aplicada em Maria Irene Ramirez, de 59 anos, chefe de enfermagem da unidade de terapia intensiva do Hospital Geral Ruben Leñero, na Cidade do México. Veja no vídeo acima.

“Estou um pouco nervosa, mas muito feliz. É o melhor presente que pude receber em 2020, me dá mais segurança e mais coragem para continuar na guerra contra um inimigo invisível. Temos medo, mas devemos continuar”, disse Maria Irene, antes de ser vacinada.

A enfermeira Maria Irene Ramirez recebe a primeira vacina contra a Covid-19 no Hospital Geral Rubén Leñero, na Cidade do México — Foto: Edgard Garrido/Reuters

A enfermeira Maria Irene Ramirez recebe a primeira vacina contra a Covid-19 no Hospital Geral Rubén Leñero, na Cidade do México — Foto: Edgard Garrido/Reuters

Logo depois de a vacina ser aplicada no México, o Chile também aplicou a primeira dose, na auxiliar de enfermagem Zulema Riquelme, de 46 anos, no Hospital Sótero del Río, na região metropolitana de Santiago.

“Estou muito emocionada, nervosa; são múltiplas emoções”, disse Zulema antes de ser vacinada, ao responder o presidente Sebastián Piñera, que supervisionava o processo e lhe perguntou como era ser a primeira pessoa a receber a vacina no país.

“Vocês são a esperança de todos”, afirmou, por sua vez, o presidente, que acompanhou desde o início a chegada das primeiras doses da vacina ao Chile.

No Chile, um carregamento com 10 mil doses da vacina dos laboratórios Pfizer/BioNTech também chegou nesta quinta-feira, de acordo com a presidência do país.

De acordo com o plano oficial, que prevê a vacinação de 15 dos 18 milhões de habitantes do país no primeiro semestre de 2021, as primeiras doses serão destinadas às equipes médicas que trabalham em UTIs com pacientes críticos nas regiões de La Araucanía, Biobío e Magallanes, no sul do Chile, que hoje acumulam o maior número de infecções.

Também será incluído um terço dos trabalhadores da saúde da região metropolitana, onde vive cerca de metade da população total do país. Posteriormente, virão o restante do pessoal médico, os idosos e os doentes crônicos, que estão sob maior risco de contágio, e, por fim, a população em geral será vacinada. Segundo o presidente Piñera, o Chile conseguiu garantir o fornecimento de 30 milhões de doses da vacina.

Já a Argentina recebeu vacinas contra a Covid-19. Um carregamento de 300 mil vacinas chegou nesta quinta-feira a Buenos Aires procedente da Rússia em um voo fretado pela Argentina. O lote permitirá ao país iniciar em breve uma campanha de imunização.

A vacina Sputnik V foi aprovada “em caráter de emergência” na quarta-feira pelo Ministério da Saúde, sendo a primeira autorização da vacina russa na América Latina, informou em um comunicado o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, que participou no financiamento do desenvolvimento da vacina.

Primeiro lote vai vacinar 3 mil pessoas no México

No México, profissionais da saúde passaram por um treinamento para receber as doses da vacina, em 18 de dezembro de 2020 — Foto: Edgard Garrido/Reuters

No México, profissionais da saúde passaram por um treinamento para receber as doses da vacina, em 18 de dezembro de 2020 — Foto: Edgard Garrido/Reuters

O México recebeu na quarta-feira (23) o primeiro embarque com 3 mil doses da vacina da norte-americana Pfizer de um pedido total de 34,4 milhões feito à farmacêutica que chegarão de forma escalonada.

Nesta primeira fase, serão vacinadas 2.975 pessoas que trabalham em unidades de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, trabalhadores de laboratório e funcionários de limpeza.

O secretário da Fazenda, Arturo Herrera, afirmou que os contratos assinados pelo governo mexicano preveem que serão adquiridos até 200 milhões de doses que permitirão imunizar, gratuitamente, até 116 milhões de mexicanos entre 2020 e 2021.

“Hoje muda definitivamente a perspectiva, hoje temos a esperança de que com a vacina…começaremos a combater de maneira muito mais efetiva esse inimigo terrível da humanidade”, disse o subsecretário de Saúde, Hugo López-Gatell, no ato inicial da vacinação.

O México, com 130 milhões de habitantes, registra 120,3 mil mortes e mais de 1,35 milhão de infecções pelo novo coronavírus, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira.

O país ocupa o quarto lugar com mais mortes em números absolutos no mundo, depois dos Estados Unidos, Brasil e Índia.

Pelo indicador de óbitos em relação ao tamanho da população, é o 15º.

O governo determinou que as primeiras vacinas serão destinadas ao profissionais da saúde que enfrentam a pandemia diariamente.

A vacina da Pfizer e da BioNTech precisa ser mantida a uma temperatura de – 70ºC. Por isso, os primeiros locais onde ela será aplicada serão na Cidade do México, no centro do país, e no estado de Coahuila, no norte.

O México também tem acordos preliminares de compra com o projeto sino-canadense CanSinoBio para 35 milhões de doses, e com a britânica AstraZeneca para 77,4 milhões de doses, além de fazer parte do mecanismo internacional Covax, que permite comprar 51,6 milhões de vacinas adicionais.

Forças de segurança acompanham deslocamento das primeiras doses da vacina da Pfizer-BioNTech no México no dia 23 de dezembro — Foto: Gustavo Graf/Reuters

Forças de segurança acompanham deslocamento das primeiras doses da vacina da Pfizer-BioNTech no México no dia 23 de dezembro — Foto: Gustavo Graf/Reuters

Via G1 Por France Presse

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