PIAUÍ VAI COMPRAR VACINAS CONTRA A COVID-19 DIRETAMENTE DOS LABORATÓRIOS
Decisão
é uma reação ao recuo do governo federal sobre os prazos do cronograma de
vacinação.
O Piauí e os demais estados brasileiros vão comprar as vacinas contra a Covid-19 diretamente dos laboratórios produtores no Brasil, além de importar de outros países. A medida foi tomada após reunião virtual nessa quinta-feira (18), coordenada pelo governador do Piauí, Wellington Dias, entre os integrantes do Fórum Nacional de Governadores.
A decisão é uma reação dos gestores após o
Ministério da Saúde informar que não cumprirá o cronograma de vacinação,
divulgado pela própria pasta no dia anterior (17), durante reunião virtual com
o Fórum Nacional de Governadores. A intenção de comprar diretamente dos
laboratórios não interfere no planejamento do Ministério da Saúde, que também
pode tentar aquisição pela pasta.
“Infelizmente, depois da comemoração após a
reunião, veio essa quebra de cronograma. Não é razoável os estados ficarem
nessa insegurança com algo tão sério, em que o coronavírus está ‘pipocando’
para todo lado. Por isso, os estados vão comprar diretamente dos fabricantes e,
assim, poderemos alcançar, até julho, a imunização de 70% da população, o
suficiente para alcançar a imunidade do padrão da ciência e frear o contágio da
Covid-19”, afirmou Wellington, coordenador do tema vacina do Fórum.
A solução de compra direta foi aprovada pela
maioria dos integrantes, 17 governadores. “Sinto que há falta de iniciativa [do
Ministério da Saúde] e vejo pelos contatos com embaixadas de vários países, que
há disputa das vacinas no mundo, mas há confiança nos estados Brasileiros e
espaço para encontrar mais vacinas”, frisou Wellington Dias.
A ideia é adotar um modelo semelhante ao do Estado
de São Paulo, que comprou as doses do Instituto Butantan e depois as revendeu
para o Ministério da Saúde. Segundo Wellington Dias, o Ministério da Saúde
garantiu que reembolsará todos os estados.
O valor de cada dose, na previsão do governador do
Piauí custaria em média dez dólares, e como o dólar a R$ 5,50, somente o Piauí
gastaria R$ 1,6 milhão para comprar 25% de doses até abril, que seriam
destinadas ao grupo de risco.
Os estados vão buscar negociar as vacinas
Astrazeneca (China, Índia e Fiocruz) e Coronavac (China/Butantan), mas seguirão
as regras do Plano Nacional de Imunização (PNI).
Ainda nesta sexta-feira (19), Wellington Dias
tentará agenda com representante das três vacinas aprovadas pela Anvisa para
uso no Brasil: Sinovac, Astrazeneca/China e Astrazeneca/Serum-Índia, além da
Sputinik da União Química, que está prestes a ser liberada pela agência.
“Pediremos o apoio da embaixada da China, Índia e Rússia no Brasil para nos
acompanhar e também das embaixadas do Brasil nestes países”, comentou o
coordenador.
Aprovaram a compra direta das vacinas os estados do Piauí, Espírito Santo, Amapá, Pará, Rio Grande do Sul, Amazonas, Paraíba, Paraná, Ceará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Acre e Bahia.
Fonte = Teresina diário
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