BOLSONARO VAI AO STF CONTRA MEDIDAS RESTRITIVAS EDITADAS POR GOVERNADORES
O presidente Jair Bolsonaro é contra medidas restritivas
adotadas nos estados Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
QUEM FICA EM CASA ESTÁ DE FÉRIAS, DISSE BOLSONARO.
Presidente também voltou a anunciar projeto para ampliar
atividades econômicas consideradas essenciais.
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta
quinta-feira que o governo apresentou uma ação ao Supremo Tribunal Federal (STF)
contra medidas restritivas adotadas por governadores, que incluem toques de
recolher durante o agravamento da pandemia da Covid-19. Segundo Bolsonaro, a
ação foi apresentada pela Advocacia-Geral da União, mas é
"supervisionada" pelo Ministério da Justiça.
- Entramos com uma ação hoje, uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade, junto ao STF, exatamente buscando conter esses abusos,
entre eles o mais importante é que nossa ação foi contra decreto de três
governadores. Inclusive, no decreto, o cara coloca ali toque de recolher, isso
é estado de sítio, que só uma pessoa pode decretar, eu - disse o presidente
durante transmissão ao vivo em suas redes sociais.
Bolsonaro também afirmou que o governo concluiu um projeto
que será enviado à Câmara definindo o que é atividade essencial na pandemia,
que podem funcionar mesmo durante medidas restritivas:
- Atividade essencial é tudo aquilo que serve para o cidadão
botar o pão na mesa. Então praticamente tudo passa a ser atividade essencial.
Na live, Bolsonaro chamou os protestos do último final de
semana a favor do governo e contra o lockdown nos estados de "uma
manifestação espontânea da população". O presidente disse, ainda, que a
democracia "não está sólida" no Brasil, o que é motivo de preocupação:
- Muita gente apoiando o governo. Bandeiras verde e amarela,
não estamos em eleições. Um movimento voluntário, do coração do povo, que pede
cada vez mais que tenhamos fé no Brasil. E os poderes cada vez mais sejam
harmônicos e todos produzam para o Brasil. A maior produção que nós podemos
ter. A coisa mais importante é nossa liberdade e democracia, que a gente sabe,
pelo que a gente vê no Brasil, não está tão sólida no Brasil. Devemos nos
preocupar com isso.
Sobre o isolamento social, o presidente afirmou que a
população está dividida. Contrário à medida, o presidente disse que quem fica
em casa "está de férias".
- Vejo que a população está dividida: uns que querem o fica
em casa e outros que querem trabalhar por necessidade. Eu acho que ficar em
casa é uma coisa bacana. Quem não quer ficar de férias em casa aí? Mas
pouquíssimas pessoas têm poder aquisitivo para ficar sem trabalhar - declarou.
O GLOBO
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