COM MAIS DE 2 MIL MORTES EM MÉDIA POR DIA, PAÍS CHEGA A MAIOR COLAPSO SANITÁRIO

 Estadão Conteúdo

A média móvel diária de mortes por covid-19 no Brasil ficou na quarta-feira, 17, pela primeira vez, acima de 2 mil, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa – foi o 19º recorde consecutivo e o número é 52,4% maior se comparado com o dado registrado há apenas 14 dias. “O maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil” – como classificou a Fiocruz – se caracteriza pela reunião de diversos fatores que levam à tragédia iminente.

O número de casos e mortes continua crescendo exponencialmente, as UTIs estão chegando ao limite máximo de internação, pessoas já estão morrendo sem atendimento médico e a vacinação vai em ritmo muito lento. Para piorar, a crise acontece simultaneamente em todo o País, impedindo transferências de pacientes.

Divulgado em caráter extraordinário na noite de terça-feira, e atualizado ontem, o boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz revelou em números a situação extremamente crítica enfrentada pelo País. Das 27 unidades da federação, 25 Estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação dos leitos de UTI covid iguais ou superiores a 80% – a única exceção é Roraima, com taxa de 73%. Em 15 delas, a taxa ultrapassa os 90%. Em relação às capitais, 26 apresentam porcentuais iguais ou superiores a 80% – em 19, o número ultrapassa 90%.

“Esta é a primeira vez que temos uma crise sistêmica em todo o País, com praticamente todos os Estados e as maiores capitais em situação extremamente crítica”, explicou o coordenador do Observatório Covid-19, Carlos Machado de Freitas. “Os colapsos do sistema de saúde que já enfrentamos antes sempre foram locais, no máximo estaduais, como o caso dos imigrantes haitianos e venezuelanos em Roraima, os desastres na região serrana de Santa Catarina, um grande número de casos de dengue e de zika no Rio.”

Ao longo do ano passado, como lembra Freitas, foi possível remanejar pacientes de covid-19 para outros municípios ou Estados. Agora, no entanto, o que os especialistas chamam de “sincronização da epidemia” fez a doença avançar de forma simultânea em todo o País. Por isso, até as internações eletivas estão paralisadas na maior parte dos hospitais do País.” E a Fiocruz diz que não é simples ampliar o número de leitos para dar vazão ao colapso. Isso demanda contratação e treinamento de especialistas. Além disso, os atuais profissionais estão exaustos após um ano.

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A média móvel diária de mortes por covid-19 no Brasil ficou na quarta-feira, 17, pela primeira vez, acima de 2 mil, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa – foi o 19º recorde consecutivo e o número é 52,4% maior se comparado com o dado registrado há apenas 14 dias. “O maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil” – como classificou a Fiocruz – se caracteriza pela reunião de diversos fatores que levam à tragédia iminente.

O número de casos e mortes continua crescendo exponencialmente, as UTIs estão chegando ao limite máximo de internação, pessoas já estão morrendo sem atendimento médico e a vacinação vai em ritmo muito lento. Para piorar, a crise acontece simultaneamente em todo o País, impedindo transferências de pacientes.

Divulgado em caráter extraordinário na noite de terça-feira, e atualizado ontem, o boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz revelou em números a situação extremamente crítica enfrentada pelo País. Das 27 unidades da federação, 25 Estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação dos leitos de UTI covid iguais ou superiores a 80% – a única exceção é Roraima, com taxa de 73%. Em 15 delas, a taxa ultrapassa os 90%. Em relação às capitais, 26 apresentam porcentuais iguais ou superiores a 80% – em 19, o número ultrapassa 90%.

“Esta é a primeira vez que temos uma crise sistêmica em todo o País, com praticamente todos os Estados e as maiores capitais em situação extremamente crítica”, explicou o coordenador do Observatório Covid-19, Carlos Machado de Freitas. “Os colapsos do sistema de saúde que já enfrentamos antes sempre foram locais, no máximo estaduais, como o caso dos imigrantes haitianos e venezuelanos em Roraima, os desastres na região serrana de Santa Catarina, um grande número de casos de dengue e de zika no Rio.”

Ao longo do ano passado, como lembra Freitas, foi possível remanejar pacientes de covid-19 para outros municípios ou Estados. Agora, no entanto, o que os especialistas chamam de “sincronização da epidemia” fez a doença avançar de forma simultânea em todo o País. Por isso, até as internações eletivas estão paralisadas na maior parte dos hospitais do País.” E a Fiocruz diz que não é simples ampliar o número de leitos para dar vazão ao colapso. Isso demanda contratação e treinamento de especialistas. Além disso, os atuais profissionais estão exaustos após um ano.

 

 

 


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