MARCELO QUEIROGA É O NOVO MINISTRO DA SAÚDE, ANUNCIA BOLSONARO
Médico conversou com presidente da
República no Palácio do Planalto nesta segunda-feira.
BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro
irá nomear o cardiologista Marcelo Queiroga como ministro da Saúde no lugar de
Eduardo Pazuello. Nesta segunda-feira, Queiroga esteve com Bolsonaro no Palácio
do Planalto. A reunião durou por volta de três horas.
É a quarta troca no Ministério da Saúde
desde o início da pandemia. O nome foi anunciado em conversa com apoiadores na
porta do Palácio da Alvorada.
— Ele é presidente da Sociedade
Brasileira de Cardiologia, já conhecia há alguns anos, então não é uma pessoa
que eu tomei conhecimento de poucos dias, tem tudo, no meu entender, para fazer
um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo o que o Pazuello fez até hoje.
Bolsonaro disse que, pela formação em
medicina, Queiroga é "muito mais entendido" na área de saúde do que
Pazuello e vai fazer outros programas, além de citar o plano de vacinação.
O presidente elogiou o atual ministro
da Saúde na área de gestão, mas disse que é momento de partir "para uma
parte mais agressiva no tocante ao combate ao vírus".
A nomeação, segundo Bolsonaro, vai ser
publicada amanhã no Diário Oficial da União (DOU). Está previsto um período de
transição de cerca de duas semanas.
Queiroga, segundo auxiliares do
presidente, atende o perfil mais desejado para substituir Pazuello: médico.
alinhado a Bolsonaro, que tenha capacidade de acalmar a população e tomar
decisões. Entretanto, um ponto inegociável é que o futuro ministro compactue
com o presidente em ser contra as medidas de isolamento social.
Em entrevista ao GLOBO neste domingo,
Queiroga disse que a prioridade nesse momento é a vacinação.
— A grande expectativa é de implementar
um programa de vacinação amplo no Brasil. Temos que vacinar nossa população, é
a esperança que temos para reduzir o impacto da pandemia e a redução das
internações hospitalares e dos óbitos decorrentes da Covid-19.
Pela manhã, o presidente recebeu a
médica Ludhmilla Hajjar que foi desconsiderada para a função. Mas, segundo
auxiliares, Bolsonaro já havia desistido de formalizar o convite para a médica
antes mesmo que ela anunciasse que recusaria a proposta.
Marcelo Queiroga é tido como nome de
confiança de Bolsonaro. Em 2020, o presidente o indicou para o cargo de diretor
da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ele aguarda uma sabatina no
Senado Federal para poder assumir o cargo.
Queiroga é cardiologista, paraibano e
presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Ele explicou a
especulação em torno de seu nome por conta de sua afinidade com o presidente.
— A especulação é por conta de o
presidente ter me indicado para ocupar um cargo na ANS e, naturalmente, por ser
um quadro técnico ligado ao grupo político do presidente da República.
Ele disse ainda que ser lembrado entre
os cotados é "uma honra" e que acredita que, nesse momento, a
prioridade do Ministério da Saúde é "implementar um programa de vacinação
amplo no Brasil".
— Na época da transição de governo,
estive no gabinete na área da saúde, e enfim, tenho uma afinidade política com
o presidente desde antes de sua eleição. A isso que atribuo as especulações em
torno do meu nome.
O GLOBO
Nenhum comentário