PRESIDENTE JAIR BOLSONARO SANCIONA LEI QUE FACILITA COMPRA DE VACINAS
Presidente
sancionou uma medida provisória e um projeto de lei, ambos aprovados pelo
Congresso Nacional.
Em uma
cerimônia na qual ele e as demais autoridades usavam máscara, o presidente Jair
Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira (10) a lei que facilita a compra de
vacinas contra a Covid-19. Geralmente, Bolsonaro não usa máscara — nem os
ministros nas aparições públicas ao lado do presidente.
Bolsonaro costuma questionar o uso de máscaras. Ao
contrário do que afirmam médicos, cientistas e pesquisadores, diz que não há
comprovação da eficiência da máscara como proteção contra a Covid.
"Eficácia dessa máscara é quase nenhuma", disse em agosto.
Ao ser anunciada na noite desta terça, a agenda oficial
do presidente não previa o evento para sanção das leis relacionadas à
vacinação. A cerimônia foi convocada na manhã desta quarta.
Bolsonaro,
ministros e senadores na cerimônia de sanção de projeto e medida provisória
sobre vacinas — Foto: Reprodução / TV Brasi
Bolsonaro
sancionou uma medida provisória e um projeto de lei, ambos aprovados pelo
Congresso Nacional.
·
PL 534/2021: facilita a compra de vacinas pela
União, pelos governos estaduais e municipais e pela iniciativa privada.
·
MP 1.026/2021: permite compra de vacinas antes de
aval da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dá sete dias úteis para a
agência decidir sobre a aprovação temporária de vacinas.
O Palácio do
Planalto não havia informado, até a última atualização desta reportagem, se
Bolsonaro vetou algum trecho das duas propostas.
Durante a
cerimônia, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, defendeu a
adoção de medidas que tentam conter a contaminação pelo novo coronavírus.
“Use mascara,
faça o distanciamento social e tenha uma boa higiene”, disse Barra Torres.
Interrupção
da vacinação
Nesta terça-feira
(9), o Ministério da Saúde reconheceu o risco de interrupção da campanha de
vacinação diante
da escassez da oferta internacional e pediu ajuda à China, país várias vezes
hostilizado por Bolsonaro, pelos filhos dele e integrantes do governo.
A pasta enviou
ofício à embaixada da China no Brasil para pedir auxílio para a compra de 30
milhões de doses da vacina da farmacêutica chinesa Sinopharm.
Desde janeiro, o
país utiliza os imunizantes CoronaVac e Oxford/AstraZeneca. No momento, o
governo tenta ampliar a oferta de doses e negocia a compra de outros
imunizantes, como o produzido pela Pfizer, único com registro definitivo
concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O balanço da
vacinação registrou nesta terça-feira (9) que 8.736.891 pessoas receberam a
primeira dose de vacina (4,13% da população brasileira). A segunda dose foi
aplicada em 2.975.266 pessoas (1,41% da população).
Pandemia
no Brasil
O Brasil vive o
pior momento desde o começo da pandemia. Nesta terça-feira (9), o país
registrou 1.954 óbitos em razão da Covid-19 nas últimas 24 horas e ultrapassou
os Estados Unidos em número de mortes em um dia. No total, 268,5 mil óbitos já
foram contabilizados no país em razão da doença desde o início da pandemia.
Também já são 48
dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil, 12 dias
acima de 1,1 mil, e pelo décimo dia a marca aparece acima de 1,2 mil. Foram 11
recordes seguidos desde o dia 27 de fevereiro.
Em casos
confirmados, média móvel dos últimos 7 dias foi de 68.167 novos diagnósticos -
a maior média de casos desde o começo da pandemia. Nas últimas 24
horas, foram registrados 11.125.017 novos casos.
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