ATENDIMENTO POR SÍNDROME GRIPAL E CASOS DE COVID-19 CRESCEM EM TERESINA

 

O Comitê de Operações Emergenciais da Fundação Municipal de Saúde (COE-FMS) divulgou o novo painel situacional da 20ª Semana Epidemiológica de Teresina. De acordo com os números, o atendimento por síndrome gripal cresceu 4% e os casos confirmados para Covid-19 aumentou em 2% no período de 16 a 22 de maio de 2021. 

Os números destacam os atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde, que são as portas de entrada para os casos de síndrome gripal, podendo ou não ser confirmados para Covid-19. 

O médico infectologista e membro do COE Municipal, Walfrido Salmito, comenta os dados que, segundo ele, ainda são preocupantes, principalmente com a presença das variantes do novo coronavírus, pois possuem maior transmissibilidade. 

“A gente sabe que o primeiro indicador da Covid-19 é a procura por atendimento de casos de síndrome gripal. Temos números elevados de casos de síndrome gripal que podem posteriormente se confirmar em Covid-19”.

O médico explica que “os casos estão em estabilidade, mas sempre olha com preocupação (os dados) porque esses casos de síndrome gripal podem eventualmente serem confirmados Covid. Esse é o primeiro de alerta que a gente faz pra Fundação Municipal de Saúde e para todo o estado”. Ele disse ainda que as internações estão em nível elevado.  


Flexibilização

O médico acredita que a flexibilização das atividades econômicas de fato influencia no número maior de casos confirmados e de internações “no Piauí, no Brasil e no mundo”. 

“Toda vez que se flexibiliza a gente tem um repique no número de casos. O que nós temos de notícia positiva é que os casos de síndrome respiratória aguda grave tiveram uma redução significativa. Isso é bom, mas a gente sabe também que os novos casos a partir da flexibilização podem surgir”. 

Salmito ressalta que o desrespeito às normas sanitárias poderá aumentar ainda mais o número de casos da Covid, podendo levar as autoridades a retornar com medidas ainda mais restritiva de circulação de pessoas e funcionamento do comércio. 

“A gente tem que ter em mente que se todos nós queremos a flexibilização, que as atividades econômicas retornem, que a gente não tenha que fazer medidas mais restritivas, as pessoas têm que ter a conscientização de ter todos os cuidados porque se isso não acontecer e a gente voltar a ter número mais graves, as medidas restritivas voltarão e podem voltar com uma força maior”.

Foto: Claudio Furlan/LaPresse/DiaEsportivo/Folhapress

 Carlienne Carpaso

carliene@cidadeverde.com  

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