VOTO IMPRESSO PODE NÃO SAIR DO PAPEL

 MINISTRO DO STF "ARTICULA" PELA NÃO JUDICIALIZAÇÃO DA PEC E PARTIDOS SE UNEM CONTRA VONTADE DE BOLSONARO.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não contava, mas poderá sofrer uma derrota na Câmara dos Deputados que deve votar num futuro próximo a Proposta de Emenda à Constituição do Voto Impresso. A recusa a PEC seria possível através da união de partidos de esquerda com alguns partidos do Centrão, alinhados ao próprio presidente, mas que também não veem com bons olhos a questão, além disso, especula-se que há também um incentivo do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre Morares que nos bastidores já teria deixado claro que não quer ver a judicialização do assunto no próximo ano, quando estiver na presidência do Superior Tribunal Eleitoral (STE).

Para o ministro, uma aprovação da PEC poderia ameaçar o sigilo da votação e todo processo. Caso aprovada a PEC, a questão pode ser judicializada e a decisão final ir para o Supremo, podendo gerar mais um descarte entre a Corte e o presidente Jair Bolsonaro, defensor do “voto impresso”.

Entretanto, a união de 11 partidos contra a PEC foi discutida e acordada numa reunião dos líderes das siglas no último dia 26/06. Antes disso, na segunda passada (21/06), os deputados Paulo da Força (Solidariedade), Baleia Rossi (MDB), Orlando Silva (PC do B) e Bruno Araújo (PSDB) participaram de um jantar com o ministro do STF que confidenciou que gostaria que a questão da PEC fosse resolvida logo na Câmara.

Com o apelo do ministro, os presidentes dos partidos se reuniram e acreditam ter conseguido maioria dos votos contrários a aprovação da PEC. Estão juntos nessa empreitada os partidos de esquerda, somando força agora com tidos como aliados de Bolsonaro como o PSDB, MDB, PP, DEM, Solidariedade, PL, PSL, Cidadania, Republicanos, Avante e PSD. Desta forma, acredita-se que a PEC será protagonizada por um esvaziamento da pauta.

Ainda na semana passada, o ministro Moraes que será o presidente do TSE nas eleições de 2022, ressaltou em entrevista ao podcast “Supremo na Semana” que a implementação do que é proposto pela PEC não contribui à democracia, colocando em risco o sigilo da votação.

Com a união dos partidos da oposição e até aliados, a Câmara e o Supremo acredita que o assunto será encerrado, visto que a união desses partidos representa mais que 2/3 dos parlamentares daquela casa.

POLÍTICA DINÂMICA

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