FIOCRUZ DEFENDE MANTER INTERVALO DE 12 SEMANAS PARA VACINA DA ASTRAZENECA.
POSICIONAMENTO VEM APÓS ORIENTAÇÃO DO GOVERNADOR DO RIO, CLAUDIO CASTRO, PARA QUE PERÍODO FOSSE REDUZIDO PARA OITO SEMANAS
Nota foi publicada na noite desta terça-feira | Foto:
Gabriel Bouys / AFP / CP
Em nota divulgada na noite desta terça-feira, a Fiocruz
defendeu a manutenção do intervalo de 12 semanas entre a primeira e a segunda
dose da vacina da AstraZeneca, que está sendo fabricada em BioManguinhos. O
governador do Rio, Claudio Castro, anunciou nesta terça-feira, a autorização
para que os 92 municípios do Estado adiantem a segunda aplicação para oito
semanas.
"A Fundação esclarece que o intervalo de 12 semanas
entre as duas doses recomendada pela Fiocruz e pela AstraZeneca considera dados
que demonstram uma proteção significativa já com a primeira dose e a produção
de uma resposta imunológica mais robusta quando aplicado o intervalo
maior", sustenta a nota. "Adicionalmente, o regime de 12 semanas
permite ainda acelerar a campanha de vacinação, garantindo a proteção de um
maior número de pessoas."
Na nota, a Fiocruz lembra ainda frisa que "até o
momento, a vacina produzida pela fundação tem se demonstrado efetiva na
proteção contra as variantes em circulação no País já com a primeira dose.
Adicionalmente, em relação à variante Delta, uma pesquisa da agência de saúde
do governo britânico, publicada em junho, aponta que a vacina da AstraZeneca
registrou 71% de efetividade após a primeira dose e 92% após a segunda para
hospitalizações e casos graves".
Já há casos da variante Delta registrados no País, mas a
variante predominante (que responde por mais de 70% dos casos) no Brasil é a
Gama. Combater a variante Delta foi o argumento usado pelo governador Cláudio
Castro para autorizar os municípios a anteciparem o intervalo para oito
semanas.
CORREIO DO POVO
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