PIAUÍ PRODUZ R$ 52 BI EM RIQUEZAS, 7 VEZES MAIS QUE A 20 ANOS.

 O governador Wellington Dias (PT) afirmou em entrevista ao Jornal Meio Norte, que está completando 20 anos, em 2022, de gestões suas no Governo do Estado, ou com a sua participação, já que apoiou a eleição do então governador Wilson Martins (PSB). 

líder estadual pontuou que as riquezas produzidas no Piauí por ano atualmente são de R$ 52 bilhões, um montante sete vezes maior do que as riquezas de R$ 7,4 bilhões de 2002, quando foi eleito pela primeira vez ao Governo do Estado.

Wellington Dias faz balanço sobre crescimento do Piauí (Foto: Ascom)Wellington Dias faz balanço sobre crescimento do Piauí (Foto: Ascom)

Ele enfatiza que quando assumiu a chefia do Poder Executivo, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) era de 0,4, ou seja, de muito baixo desenvolvimento, e atualmente é de alto desenvolvimento.

“Toda a riqueza que o Piauí  produzida no início do século, em 2002 e 2003 era de R$ 7,4 bilhões, em valor nominal e, agora, e chegou a R$ 52 bilhões, em 2019. Isso aumenta a renda per capita, tem mais pessoas trabalhando, mais empreendimentos, mais pessoas assalariadas, mais pessoas com pós-graduação e mais pessoas com nível superior tendo condições de um Estado mais estruturado e quase todo com energia, estradas e telecomunicações, agora com fibra óptica, garantindo as condições de fornecimento de água potável. Ainda falta? Ainda falta, mas eu acho que é um avanço importante. Isso não se faz sozinho”, afirmou o governador Wellington Dias.

O coordenador do Fórum dos Governadores do Brasil ainda lembra as dificuldades enfrentadas em meio a pandemia da Covid-19 e as decisões difíceis que teve que tomar para preservar vidas. "Às vezes, acordava 3h, 4h, 5h da manhã para ter que viajar para missões tanto no Brasil, fora do Brasil, além de fazer visitas constantes aos municípios do interior do Piauí", reverbera. 

Wellington Dias aproveitou também para tecer elogios aos profissionais da saúde do Piauí, que não mediram esforços para ajudar a população, tratando os pacientes com humanidade e contribuindo na recuperação. "O Piauí tem hoje um quadro de profissionais na área médica e na área da saúde, da vigilância sanitária, da segurança, na área social, na área dos esportes e da cultura que trabalham com o coração e muito mais do que com  o coração, uma relação que ultrapassa a relação salário, patrão e empregado, uma relação de quem tem compromisso com a vida. Isso me dá um orgulho muito grande do nosso Piauí", destacou. 

No âmbito político, Dias tratou sobre a possibilidade da chapa Lula e Alckmin, dando o caminho de uma provável aliança. "Ele ingressa no Partido Socialista Brasileiro (PSB), partido coordenado por Márcio França, Paulo Câmara e tantos outros líderes. Partido com o qual nós já temos aliança em várias eleições e em vários Estados, inclusive no Piauí. Eu creio que esse caminho facilita o entendimento. Geraldo Alckmin é um líder respeitado, preparado e, com certeza, em 2022, como diz Lula,  nas horas das decisões , será tratado com muito carinho", finalizou.

Meio Norte – O senhor está encerrando o terceiro ano de seu quarto mandato no Governo do Estado. Como o senhor avalia sua administração e o que sua gestão deixou para o Piauí?

Wellington Dias – Quando eu olho para trás parece um sonho. Parece ser difícil para as pessoas acreditarem e eu me lembro o quanto as pessoas duvidavam de cada ação que a gente ia fazer. Ia fazer um asfalto, uma pessoa dizia que a obra não iria sair. 

Era próprio porque haviam muitas promessas não cumpridas. De lá para cá, o plano era muito  mais arrojado. Como  tirar o  estado mais pobre do Brasil dessa situação e trazer, do ponto de vista científico como é o caso do IDH (Índice  de Desenvolvimento Humano) de 0,4, que é de muito baixo desenvolvimento, para 0,5, como fizemos em 2006, que era de baixo desenvolvimento; em 2010 para médio desenvolvimento; e, agora, em 2020, alto desenvolvimento. Ou seja, elevar o número de pessoas com mais escolaridade e profissão, elevar a expectativa de vida, que se aproxima dos 75 anos; garantir uma renda , que era muito baixa. Toda a riqueza que o Piauí produziu no final do início do século, em 2002 e 2003; era de R$ 7,4 bilhões, em valor nominal e, agora chegou a R$ 52 bilhões, em 2019. Isso aumenta a renda per capita , tem mais pessoas trabalhando, mais empreendimentos; mais pessoas assalariadas; mais pessoas com pós-graduação; mais pessoas com nível superior, tendo condições de um Estado mais estruturado, quase todo com energia, estradas e telecomunicações, agora com fibra óptica, garantindo as condições de fornecimento de água potável. Ainda falta? Ainda falta, mas eu acho que é um avanço importante. Isso não se faz sozinho. Eu sou grato a todas as pessoas,  a todos os municípios, Governo Estadual, Governo Federal, que eu não posso negar que os ex-presidentes Lula  e Dilma Rousseff foram fundamentais e, ultimamente , a bancada federal na Câmara dos Deputados e no Senado, juntamente com o setor privado, os trabalhadores. Um hospital como a Nova Maternidade de Teresina era um sonho, mas pela força, pela capacidade de trabalho de homens e mulheres está se tornando uma realidade como muitas outras no Piauí.

Meio Norte – Quando o senhor assumiu o seu quarto mandato declarou que iria continuar trabalhando com o social, mas iria priorizar o crescimento econômico, no entanto, com a chegada da pandemia da Covid-19, o senhor voltou a trabalhar com o social, porque a nova realidade está exigindo isso. O que  fez no Piauí para o Estado não ter aquelas imagens de desespero e fome como remexendo em carros de lixo em busca de alimentos e de pessoas deitadas nos supermercados solicitando cestas de alimentos?

Wellington Dias – Primeiro, na governabilidade, a gente tem que ter coragem e, modéstia à parte, nós tivemos a coragem de tomar medidas corajosas e ter uma boa equipe. São milhares de pessoas que se dedicaram em muitas áreas, pessoas que atuaram com seu conhecimento e capacidade. O secretário estadual de Fazenda, Rafael Fonteles, é um exemplo. Muito  jovem, trabalhava no setor privado, eu disse que o Governo do Estado pagava pouco, mas que viesse para cá para se dedicar. Ele se dedicou, nós organizamos essa integração de esforços para o desenvolvimento econômico e social em grandes sete  eixos, que nós chamamos de PRO Piauí. O resultado é esse: grandes investimentos no PRO Saúde ; no PRO Educação; no PRO Social; PRO Social; PRO Infraestrutura; PRO Modernização Para Mais Eficiência; PRO Atração de Investimentos; e PRO Segurança. Todas essas áreas juntas garantem um projeto que chega aos 224 municípios e melhorando a vida das pessoas, desde a gravidez; o bebê; a criança; o adolescente; o idoso; em todas as regiões e em todas as classes sociais.

Meio Norte – Como o senhor manteve sua saúde mental em um momento em que administrou o Estado do Piauí durante a pandemia da Covid-19, quando no início da doença não se tinha uma infraestrutura de UTI (Unidade de Teresina Intensiva), com a pressão do Governo Federal e de franco confronto com os governadores, trabalhando por quase 24 horas e em busca de vacinas? Como o senhor lidou com a situação? 

Wellington Dias – É claro que em cada momento desse, eu olho para trás e são cerca de 20 anos, de 2003 para 2022 são quase 20 anos e participei tanto para a eleição como para o mandato do governador Wilson Martins (PSB), que era meu vice, eu estava no Senado buscando colaborar independente se éramos aliados ou não. Aliás, eu estou muito feliz de estarmos juntos novamente. O fato é que foram muitos momentos difíceis. Não pense que foi fácil tomar as decisões que tomamos, enfrentamos crises violentas de secas, de enchentes; momento em que a criminalidade queria vencer o Estado, como nós estamos agora enfrentando em Parnaíba, na região de Esperantina, Luizilândia e outras regiões do estado; garantir que momentos da Covid-19 fossem enfrentados, mas também da Zica, da H1N1. Ou seja, a área do Governo não dá trégua; são emoções por cima de emoções; dedicação por cima de dedicação. Acho que é difícil as pessoas entenderem que as pessoas ao assumirem uma missão de governador significa estar atento 24 horas. Às vezes, acordava 3h, 4h, 5h da manhã para ter que viajar para missões tanto no Brasil, fora do Brasil, além de fazer visitas constantes aos municípios do interior do Piauí. Estou completando a 20ª rodada de visitas aos 224 municípios.É claro que quando uma pessoa fala de um problema  eu tenho uma noção do tamanho dele e isso ajuda na tomada de decisões.

Meio Norte – O senhor teve a experiência de ser paciente no sistema de saúde europeu ao ser contaminado por Covid-19 na Escócia. Quais as principais diferenças entre os atendimentos de pacientes com Covid-19 do Piauí e da Europa?

Wellington Dias – Lá tem uma coisa que me assustou que é uma burocracia muito grande, bem maior do que a nossa. Por outro lado, eles têm um atendimento médico humanizado. Eu fui muito bem cuidado pelo pessoal da COP-26 (26ª Conferência das Nações Unidas para as  Mudanças Climáticas), um evento mundial com a participação de 200 países e no Brasil era um deles. Nós tivemos muitas pessoas com Covid-19, o número era muito grande. A situação do Reino Unido tinha uma certa  liberação por ter novos casos próximo de zero e com baixa vacinação. Quando estive em um hospital, as duas médicas que me receberam, me trataram de forma muito dedicada. Isso também eu vejo no Piauí. 

O Piauí tem hoje um quadro de profissionais na área médica e na área da saúde, da vigilância sanitária, da segurança, na área social, na área dos esportes e da cultura que trabalham com o coração e muito mais do que com  o coração, uma relação que ultrapassa a relação salário, patrão e empregado, mas uma relação de quem tem compromisso com a vida. Isso me dá um orgulho muito grande do nosso Piauí.

Meio Norte – O senhor participou do jantar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmiin e entre os petistas havia uma crítica à social-democracia defendida pelos tucanos. Agora a social-democracia é aceita no PT?

Wellington Dias – O que eu digo é que o PSDB é um partido que nasceu social-democrata e lembrou que eu anos atrás, no PT, e junto com o professor Antônio José Medeiros, entendíamos que do ponto de vista da configuração partidária era normal uma aliança de um partido como o PT e um partido como o PSDB. Chegamos a fazer ali uma aliança com o então candidato a governador Francisco Gerardo (PSDB) e Antônio José Medeiros (PT) como vice. Eu fui eleito deputado federal nessa chapa. De lá para cá, o que aconteceu em minha visão: o PSDB foi indo para uma direção mais liberal do que social-democrata. Mantém esse apelo pelo social e pela democracia? Sim, mas com um peso menor. Agora, o ex-governador Geraldo Alckmin tomou uma decisão: ele saiu do PSDB, conforme  anunciou , por não concordar com os caminhos do partido. Ele ingressa no Partido Socialista Brasileiro (PSB), partido coordenado por Márcio França, Paulo Câmara e tantos outros líderes. Partido com o qual nós já temos aliança em várias eleições e em vários Estados, inclusive no Piauí. Eu creio que esse caminho facilita o entendimento. Geraldo Alckmin é um líder respeitado, preparado e, com certeza, em 2022, como diz Lula,  nas horas das decisões , será tratado com muito carinho.

FONTE - MEIO NORTE

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