VACINA DA DENGUE GERA RESPOSTA IMUNE EM MAIS DE 90% DOS VOLUNTÁRIOS.
Novo artigo aponta que a candidata a vacina contra a dengue do Instituto Butantan protege pessoas independentemente da exposição ao vírus.
O Instituto Butantan divulgou
resultados promissores de uma vacina contra a dengue que vem sendo desenvolvida
em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos
Estados Unidos (NIAID).
Os
resultados de uma análise mostraram que a vacina induziu a geração de
anticorpos em 100%
dos indivíduos que já tiveram dengue e em mais de 90% naqueles
que nunca haviam tido contato com o vírus.'
Os
achados referentes à fase 1 do ensaio clínico, realizada nos Estados Unidos,
foram publicados no periódico científico Human Vaccines &
Immunotherapeutics por pesquisadores da farmacêutica Merck, também parceira do
Butantan.
A segunda
etapa da pesquisa mostrou que a vacina induz a formação de anticorpos em mais de
70% dos indivíduos contra os quatro subtipos do vírus da
dengue com apenas uma dose. Os resultados dessa fase foram publicados na
revista Lancet Infectious Diseases. Neste momento, os especialistas conduzem os
estudos clínicos de fase três.
O novo artigo aponta que a candidata a
vacina tetravalente contra a dengue protege pessoas independentemente da
exposição ao vírus. A análise contou com a participação de 200 adultos que
receberam duas doses do imunizante ou placebo, uma substância sem qualquer tipo
de efeito. Nessa fase, foi avaliada a capacidade da segunda dose de aumentar os
anticorpos.
Após a
primeira dose, a
produção de anticorpos foi de 100% em quem já teve dengue e de 92,6% em
quem nunca foi infectado. A dose adicional não induziu diferenças
significativas, confirmando que uma única dose da candidata a vacina é
suficiente para produzir resposta imunológica contra a doença.
A
capacidade de indução da resposta imunológica (chamada tecnicamente de
imunogenicidade) foi analisada durante um ano por meio de testes de
neutralização do vírus e se manteve alta em todos os participantes.
A vacina também se mostrou segura e sem efeitos adversos graves, tendo sido registradas
como reações mais comuns dor de cabeça, fadiga, erupção cutânea e dor muscular.
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