PIAUÍ MONITORA AVANÇO DE CASOS DA “VARÍOLA DOS MACACOS”.
A Vigilância em Saúde do Piauí está em alerta para casos de ‘varíola dos macacos’ que tem colocado o mundo em atenção.
Casos da varíola
dos macacos não param de surgir em países onde a doença não é
endêmica, a maioria deles na Europa. Diante disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem
atualizando a quantidade de casos, a forma de transmissão e os sintomas que
envolvem a doença “prima” do vírus da varíola comum, que foi erradicado do
planeta em 1980 com o apoio do órgão de saúde mundial.
No Piauí, a Secretaria
de Estado da Saúde anunciou que vai monitorar a possível presença do
vírus monkeypox, causador da “varíola dos macacos”. Durante reunião realizada
pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), na última semana,
ficou definida a formação de comissões estaduais de monitoramento, composta de
médicos e infectologistas.
Dr.Herlon Guimarães lembra que é preciso monitorar casos
Subida de registro
O superintendente de Atenção à Saúde e Municípios, Herlon
Guimarães, destacou que neste momento com a subida de registro de casos
suspeitos da doença, o sistema de verificação de informação de vigilância em
saúde do Piauí está em alerta avaliando e monitorando o aparecimento de casos
suspeitos no Brasil.
“O estado do Piauí já tem pessoas aptas a reconhecer quando
dar entrada de pacientes com sintomas da doença nas nossas unidades
hospitalares e unidades de atenção básica e seguimos sim com todas as
orientações e protocolos. É importante que nós enquanto Brasil já tenhamos um
planejamento para que a gente possa montar um comitê futuramente para que
possamos decidir protocolos já que não é uma doença que não está de forma
endêmica em solo brasileiro”, destacou.
O Ministério da Saúde informou, na quinta-feira
(02), que foi notificado sobre quatro casos suspeitos de varíola dos macacos no
Brasil. Um caso suspeito está no Ceará e outro, em Santa Catarina. Um terceiro
caso, que pode ser suspeito, está sendo monitorado no Rio Grande do Sul e um
novo registro foi notificado pelo governo do Mato Grosso do Sul.
Transmissão pode ser por contato físico - reprodução internet
Transmissão ocorre por contato físico
A varíola
dos macacos é transmitida pelo monkeypox, vírus que pertence ao
gênero orthopoxvirus da família Poxviridae, e é considerada uma zoonose viral
com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora
seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos
macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21
dias, segundo a OMS.
"A varíola dos macacos é uma doença zoonótica, ou seja,
transmitida dos animais para os seres humanos, e é uma doença extremamente
contagiosa, comumente vista em países da África, mas no último mês de maio
estamos vendo muitos casos nos países da Europa, Estados Unidos América do Sul,
Colômbia e Argentina e já temos casos suspeitos no Brasil, principalmente na
região Sul e Sudeste”, afirmou o médico infectologista Nayro Ferreira.
Transmissão pode ser por contato com lesões - reprdução
internet
Contato próximo
O especialista lembra que a transmissão ocorre por contato
próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais
contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão
de humano para humano está ocorrendo entre pessoas em contato físico próximo
com casos sintomáticos.
“É uma doença extremamente contagiosa, mas que não tem letalidade alta, ou seja, não costuma matar, mas deixa sequelas. O diagnóstico é basicamente clínico feito através de um exame físico por um profissional físico especializado”, acrescentou.
Bolhas, febre e dores são sintomas
A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos
suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito
qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de
forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola
dos macacos não é endêmica.
Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de
febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo,
dor nas costas e fraqueza profunda e erupções de pele.
“Essas lesões costumam aparecer, principalmente, em região de
tronco, depois para membros e mais comumente região genital, por isso, muito se
confunde com doença transmitida por via sexual, por isso é necessário avaliação
de um especialista. Não existe um tratamento específico e é feito com base em
sinais e sintomas”, destacou Nayro Sousa.
Anvisa orienta pessoas sobre contágio -reprodução internet
Anvisa orienta como se proteger
A varíola geralmente é autolimitada, ou seja, pode ser
curada com o tempo e sem tratamento, mas pode ser grave em alguns indivíduos,
como crianças, mulheres grávidas ou pessoas com imunossupressão devido a outras
condições de saúde.
O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos
são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas
medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.
"Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento
físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização
frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não
apenas contra a Covid-19, mas
também contra outras doenças", disse a agência.
MEIO NORTE
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