SIMÕES-PI | AURELIANO FRANCISCO DE CARVALHO GOMES, CONQUISTA O PRIMEIRO LUGAR DO CONCURSO DE POESIA DA ALERP 2022 COM O POEMA ''SÚPLICAS.''
Em entrevista ao SIMÕES ONLINE, Aureliano, se expressou da seguinte forma:
Escrever, para mim é uma terapia, é na escrita que me encontro com o meu eu, é
nela também que, as vezes, me perco de
mim. De qualquer forma a poesia é um presente que está sempre presente em minha vida.
Eu acompanho os eventos da ALERP (Académica de Letras da
Região de Picos) há algum tempo. Quando
soube do concurso de poesias que a mesma estava promovendo, em alusão aos 33
anos de sua fundação, resolvi participar. Foi a primeira vez que participei de
um concurso de poesias. Sou um apaixonado por este gênero literário e escrevo
há bastante tempo poemas.
Tenho um extenso material aguardando para ser publicado.
Espero em breve publicar meu primeiro livro.
O poema o qual eu venci o concurso, tem como título: Súplicas
e está envolto de um erotismo sutil e leve, que se nota nas estrelinhas. Esta
temática emergiu em minhas criações, a partir da leitura do livro Minha vida em
sua boca, do professor Francisco de Assis que é o atual presidente da ALERP.
Estou muito feliz por ter vencido este concurso e ter um
pouco do meu trabalho reconhecido.
Gratidão a todos que me incentivam a continuar escrevendo,
mesmo em tempos de poucos e raros leitores.
VEJA ABAIXO MATÉRIA DO BLOG DO PROF. FRANCISCO DE ASSIS SOUSA.
A Academia de Letras da Região de Picos - ALERP divulgou neste sábado, 22 de outubro, data a qual este sodalício completou 33 anos, dentro da programação do XVIII Seminário de Literatura Piauiense e XV de Literatura Picoense, o resultado do Concurso de Poesia organizado pela entidade, conforme o edital 003/22, de 02 de agosto do ano em curso, nas categorias adulto e infantojuvenil. Os três primeiros colocados receberam trofeus, certificados e um kit de livros dos autores alerpianos. Além do mais, terão seus poemas publicados numa antologia que reunirá o trabalho de todos os participantes do certame.
Para o professor Francisco de Assis Sousa, presidente da ALERP, o concurso de poesia é um dos maiores e mais significativos eventos que a academia promove, porque é totalmente voltado para os talentos que se encontram ocultos, guardados nos arquivos pessoais de cada poeta e escritor que não tem a oportunidade de mostrar os seus escritos. O presidente enfatizou também que escrever é um ato de cidadania. É um ato de integração com o mundo e parabenizou não só aos premiados, mas a todos os participantes do concurso nas categorias adulto e infantojuvenil.
Veja o resultado abaixo!
CATEGORIA: ADULTO

1º LUGAR
Aureliano Francisco de Carvalho Gomes – Simões/PI
Poema: Súplicas
Deixe-me ler e reler as suas linhas e entrelinhas.
Deixe-me entrelaçar e enlaçar em seus laços.
Deixe-me acender e ascender aos seus compassos.
Deixe-me encher e preencher as suas linhas.
Concede-me com sede que seja minha.
Inteira e tê-la como estrela em meu espaço.
Se eu posso ir, me deixe possuir que o faço.
Deixe-me ser teu como um ateu que a te se alinha.
Deixe-me cobrir e descobrir os seus segredos.
Mande que as minhas mãos ande na contramão.
E que em te corram e percorram os meus dedos.
Os seus sussurros, com urros e uivos de amar.
E os meus toques te provoque arrepio de paixão
E exale um eflúvio em dilúvio de prazer no ar.

2º LUGAR
Nelson Ned Leal Pereira – Teresina/PI
Poema: A vírgula de cada dia
Naquilo que há chave tem segredo
Pausa, enfatiza, passa para frente
Tantas horas escolhidas a dedo
No traje da linguagem corrente
Reflete, pondera, volta e meia aponta
Fugir do leme transparece afronta.
O que vai pairando sem pressa
Esforço, suor, parcela de sacrifício
Ver a pontuação caxingar na via expressa
Suscita valores secos do ofício
Gotejamento, percepção, inerente ao que é
Virgulando o brado transitar a pé.
Entre caracteres e espaços vazios
Toda encruzilhada tem a vírgula que merece
Pelos apetites nos verbos macios
Cabeça não pensa, corpo do texto padece
Clicar a linha do mel da vida todos os dias
Ornamento para boas vivências em analogias.
As vírgulas pingam, desfilam e deslizam
Furtam-se pelo alentar ofegante
Algumas suspeições se materializam
Por perto, de certo e não obstante
Assim como numa lida urbana em questão
Cada dia de calor tem uma vírgula de estimação.
Alongam-se vírgulas rumo aos rumos
O asfalto corta a serra prendendo a respiração
Cerrando com cortes cortantes prumos
Terras moldadas primitivamente em ação
Curvas fáceis e montes fascinantes
Arbustos brutos virgulam Picos relevantes.

3º LUGAR
Ana Maria de Araújo Batista – Picos/PI
Poema: Encontra-se a poesia
Quer saber onde encontrar
Realmente a poesia
Na prece de cada dia
Perceba que ela estar
Na beleza da alegria
E na emoção que nos guia
Poesia faz vibrar!
Encontra-se a poesia
No mistério que ressoa
Na vida, que anda à toa
Na guerra e na harmonia
Também tem na vida boa
No sofrimento que ecoa
No prazer e na agonia!
Presente na natureza
Na dança do beija-flor
No canto cheio de amor
Na vida de incerteza
Sem liberdade e com dor
Poesia traz sabor
E um traço de leveza!
É fácil de a encontrar
Na onda a tocar na areia
No sangue a correr na veia
No céu, na terra e no mar
Na fada e na sereia
No indivíduo que semeia
Na estética, no imaginar!
A poesia impressiona
Pelas cores da emoção
Que dá prazer, que é paixão
E no canto sem sanfona
Que suaviza a razão
Na vida em profusão
É a lira que apaixona!
MENÇÃO HONROSA:
Poema: Antes mil vezes perder-te
Gilvane Lídia de Brito - Serra Velha, Alagoinha do Piauí – PI
Poema: Alma de passarinho
Raila dos Reis Sousa – Curral Novo do Piauí – PI
Poema: Monólogo da árvore
Antonio da Cruz Silva – Teresina – PI
Poema: Fragmento
Edevânia Maria de Sousa Carvalho – São Julião – PI
Poema: E o mundo no futuro?
Aldeni Ribeiro de Sousa – Avelino Lopes – PI
Poema: Tecer: Ter-Ser
Emmanuel Thallyson Sousa Magalhães – Fortaleza-CE
Poema: Eu sou
Leonardo Pereira dos Santos – Teresina/Vila Nova do Piauí-PI
Poema: Duelo de pensamentos
Goclênio Luz de Araújo – Picos-PI
Poema: Súplica Humana
Carlos Eduardo Ramos Silva – Vila Nova do Piauí-PI
Poema: Vitae
Carlos André Bezerra Pimentel – Teresina-PI
CATEGORIA: INFANTOJUVENIL

1º LUGAR
Lucas de Sousa Leal – São Julião/PI
Poema: A resistência do cacto
Quando vejo um cacto
Levo como inspiração
Vou te explicar o motivo
Preste bem atenção.
Rodeado de espinhos
Demonstra muita dureza
Com a sua resistência
É o mais forte da natureza.
Com um tom de verde escuro
No fim fica desbotado
Representa a esperança
Para não ser derrotado.
Assim é a nossa vida
Levo com muita segurança
O espinho representa a dor
Mas o verde é esperança.
Para conquistar um ninho
Devemos ser persistente
Primeiro vem o espinho
Para depois vir a semente.

2º LUGAR
Ellen Gabriela Correia Pires – Avelinópolis/GO
Poema: Meretriz
Ergueu a fronte do destino,
Em tuas visagens reluzia, como pântano,
O maior pecado contra o sacrossanto
Percorria tuas veias e ecoava de tua boca.
Um, dois...Homens para quais tu gemia!
A conta é interminável.
Te vestem de seda
Desde o pai de família até o bêbado da taberna imunda.
Abençoa-te o corpo, os banhos do começo das noites,
Para que tu dispa-se e embebede
Os que desejam tocar-te a carne
E gemer sob teu corpo.
Deram-te tantos todos fúteis,
Encurvados e tortos,
És tu o erro do destino
Exprimindo de teu ventre o gozo inerte de uma felicidade morta.
És tu alívio,
Corpo aberto para quem ofereça-te algo,
Deita, geme e grita
E a quantidade dos homens da noite, anota erroneamente em teu passado

3º LUGAR
Lorena de Sousa Veloso Moura – Picos/PI
Poema: O chamado
Viver é um eterno aprender
Ter esperança e acreditar
As dificuldades vão surgir
E é importante enfrentar
Pois os tempos são difíceis
Mas tudo isso irá passar
O chamado é pra você
Jovem, que vive a sofrer
Não existe um problema
Que não possa resolver
Basta lutar e não desistir
Confie, você vai vencer
A depressão é um problema
Que é necessário enfrentar
Procure sempre ajuda
Não se deixe afugentar
Você não está sozinho
Com alguém pode contar
Temos motivos de sobra
Para escolher pela vida
É um dom dado por Deus
Precisa ser bem vivida
Estamos só de passagem
Nessa "terra mais garrida"
Sociedade, pare de julgar
E busque sempre ajudar
Ninguém precisa de crítica
Há uma causa a abraçar
Suicídio não é brincadeira
Atitudes precisam mudar
Uma atitude blasée
É o que não podemos ter
Dessa forma Simmel define
O ato de não compreender
A sociedade precisa evoluir
E a situação do outro entender
Tenha sempre empatia
Pelo próximo tente lutar
Entenda as dificuldades
E auxilie a solucionar
Não julgue e sim ajude
Assim tudo vai melhorar!
MENÇÃO HONROSA:
Poema: Meu bem querer, meu sertão
Ademar Juscelino da Silva – Vila Nova do Piauí – PI
Poema: Arte moderna
Emily Ohana da Silva Soares – Picos – PI
Poema: Onde está a justiça?
Maria Vitória Carvalho – Picos – PI
Poema: Fatos e fatos
Rauan Vinicius de Carvalho Luz – Picos-PI
Poema: Preconceito, até quando?
Francisco Evandro de Sá – São Julião-PI
Poema: O mundo atual
Yago Guilherme Correia Santos – São Julião-PI
Poema: Mundo cruel
Sara Katlen de Brito Nascimento – Picos-PI
Poema: A ilusão do mar impiedoso
Louhan Kauenno de Souza Viana – Alagoinha do Piauí-PI
Comissão Julgadora:
Francisco Valentim Neto – Poeta e acadêmico da ALERP
José Antônio da Luz – Poeta e acadêmico da ALERP
Vilebaldo Nogueira Rocha – Poeta e acadêmico da ALERP
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