LULA SANCIONA LEI QUE CONSIDERA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS COMO PROFISSIONAIS DA SAÚDE.
Projeto de Lei 1.802/2019 fortalece a atenção básica à saúde,
com a regulamentação da profissão dessas importantes categorias, que fazem o
primeiro contato com a população no Programa Saúde da Família
Publicado em 20/01/2023 - GOVERNO FEDERAL
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
sanciona nesta sexta-feira (20/1) o Projeto de Lei nº 1.802, de 2019, que
fortalece a atenção básica à saúde, estabelecendo direitos e valorizando a
importância dos profissionais que atuam na ponta, próximos à realidade da
população. A medida ajusta a legislação e define que agentes comunitários de
saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE) são profissionais de saúde.
A sanção ocorre em solenidade com a presença de dezenas de
profissionais de saúde, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). No país, são
265 mil agentes comunitários, que atuam no campo da Saúde da Família, na
prevenção de doenças e na promoção da saúde em ações domiciliares,
comunitárias, individuais e coletivas. Além deles, outros 61 mil profissionais
de combate às endemias atuam na vigilância epidemiológica e ambiental, na
prevenção e controle de doenças e na promoção da saúde.
A legislação anterior (a Lei 11.350/2006), fruto de
Medida Provisória elaborada no primeiro mandato do presidente Lula,
regulamentava a atuação dos ACSs e ACEs, com todas as suas atribuições
especificadas. O PL assinado nesta sexta é mais um passo essencial na garantia
de direitos, ao estabelecer que estes agentes são profissionais de saúde,
sublinhando seu papel fundamental na dinâmica da Saúde da Família e do Sistema
Único de Saúde (SUS). O PL, de iniciativa do deputado federal Afonso Florence
(PT/BA), havia sido condenado em 2022, quando o Ministério da Saúde propôs o
veto integral à proposta.
Como profissionais de saúde, os agentes passam a ter o
direito de acumulação de cargos públicos, assegurado pelo art. 37 da
Constituição Federal apenas para os profissionais da Educação e da Saúde. Cada
agente hoje em atividade no país tem seu salário pago, integralmente, com
recursos transferidos pelo Governo Federal – em 2022, foram empenhados R$ 7,8
bilhões. Para 2023, está prevista a destinação de R$ 9,9 bilhões (o que
representa um aumento de 27%) para o fortalecimento do trabalho de atenção
básica à saúde.
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