PERÍODO SECO NO PIAUÍ DEVE COMEÇAR MAIS CEDO EM 2023.

 


Previsão do tempo indica que há risco de que estado registre mais focos de queimadas. Ao g1, climatologista alertou que chuvas devem cair pela metade em maio.

Por Ilanna Serena, g1 PI.

O período seco do Piauí em 2023 vai começar mais cedo, conforme os meteorologistas. A previsão do tempo indica que, a partir do mês de maio, serão registradas elevações de temperaturas e reduções nos volumes chuva e da umidade do solo

Os dados são do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTec), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

“Ainda teremos chuva em maio, é o momento da pós-estação. Porém essas chuvas reduzem pela metade do valor de abril. A partir daí, começa a transição para a fase seca, que é marcada pela perda da umidade do solo, pela diminuição da cobertura de nuvens e pelo aumento da temperatura do ar”, explicou o climatologista Werton Costa.

Ao g1, o climatologista revelou que a estiagem antecipada é um motivo de preocupação para produtores. O período pode gerar perdas em lavouras, agrava queimadas e piora a qualidade do ar.

“A previsão trimestral mostra um cenário realmente bastante dramático para a produção agropecuária. Vai impactar não só o volume d’água de reservatório por evaporação e evapotranspiração e o ressecamento da vegetação, como poderá ampliar o chamado grau de inflamabilidade da vegetação”, explicou.

Nas cidades, há ainda a possibilidade de que as temperaturas permaneçam no nível normal, mas a tendência é de dias ainda mais quentes.

"A tendência geral mesmo é que a gente sinta o calor, que a gente tenha temperaturas ou dentro do normal ou acima, não abaixo. Porque na medida em que a umidade cai e sai a cobertura de nuvem, não tem outra: é muito sol", disse Werton.

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Para Werton Costa, é necessário que autoridades invistam, com urgência, em medidas do enfrentamento aos efeitos da estiagem.

“Quando chegarmos efetivamente ao período seco, há risco de que as queimadas possam ser potencializadas, a não ser que as autoridades competentes ajam com medidas protetivas urgentes para evitar que essa situação possa se agravar”, alertou.

 


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