NASCE PRIMEIRO BEBÊ DE ÚTERO TRANSPLANTADO POR ROBÔS; ENTENDA TÉCNICA.
O procedimento inédito na ciência foi feito a partir de
cirurgias menos invasivas com robôs.
No último dia 25 de maio, veio ao mundo o primeiro bebê
nascido de um útero transplantado com cirurgia assistida por robôs. Em uma
cesariana planejada, a criança nasceu com 49 centímetros, 3,1kg e muito
saudável. A cirurgia de transplante de útero completo foi realizada pela equipe
da Universidade
de Gotemburgo, na Suécia. A mãe do bebê tem 35 anos e a doadora do útero é
uma pessoa da família
O procedimento inédito na ciência foi feito a partir de
cirurgias menos invasivas, com robôs, através de laparoscopia (quando câmeras minúsculas operam por meio de
pequenas incisões). O transplante de útero, tanto o realizado por humanos
como por máquinas, é considerado um tratamento experimental para dar a
possibilidade de gestação a mulheres que perderam a funcionalidade do órgão ou
não nasceram com ele.
Em 2014, a técnica começou a ser testada e foram realizados
cerca de 90 procedimentos em todo o mundo. O primeiro caso registrado no Brasil
foi em 2018 e foi um dos 50 que resultaram em gravidez. Em comunicado, os
médicos da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, comemoraram o feito. “Com
a técnica assistida por robô é possível realizar procedimentos que antes eram
considerados impossíveis de realizar com a cirurgia convencional. É um
privilégio fazer parte da evolução neste campo com o objetivo geral de
minimizar o trauma da paciente”, disse o médico responsável pelo
transplante, Niclas Kvarnström.
“Com a cirurgia assistida por robô, podemos realizar
cirurgias de precisão alta. A técnica oferece um acesso muito bom para operar
profundamente na pelve. Esta é a cirurgia do futuro e estamos orgulhosos e
felizes por termos conseguido desenvolver transplantes uterinos a este nível técnico
minimamente invasivo”, completou a chefe do departamentento de
obstetrícia, Pernilla Dahm-Kähler, que também participou do procedimento.
Infertilidade
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a
infertilidade atinge cerca de 15% a 20% da população brasileira, representando
um em cada cinco casais em idade reprodutiva. Especialistas indicam que há
diversas causas para o problema, como idade (homem e mulher), consumo de álcool
e drogas, instabilidade no peso, além de estresse físico e emocional. Outro
motivo que pode interferir na fertilidade são questões sociais, como um número
maior de mulheres que adiam a gravidez para garantir estabilidade profissional
e financeira.
MEIONORTE
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