IRMÃOS DE 11 E 16 ANOS MORRERAM ABRAÇADOS, DISSERAM OS BOMBEIROS.
Gustavo e Gabriel moravam em São Paulo com os pais e chegaram
com a família em Alagoas no domingo (16), um dia antes do afogamento.
Os corpos dos irmãos que
morreram afogados na praia de Peroba, em Maragogi (AL), foram encontrados
abraçados, segundo o Corpo de Bombeiros.
O que aconteceu:
Os turistas de São Paulo Gabriel Bernardo, 16, e Gustavo
Bernardo Leal, 11, foram achados abraçados em uma espécie de "buraco"
de cerca de cinco metros de profundidade, explicou o coronel Clemens,
comandante de Operação no Interior do Corpo de Bombeiros, em entrevista
ao UOL.
Os corpos, bem como o pai e o primo dos garotos, foram
retirados do local com ajuda de uma aeronave e uma moto aquática. Os
sobreviventes foram achados em estado de choque, e o pai ainda tinha esperança
de encontrar os filhos com vida durante o resgate.
O coronel explica que, possivelmente, o menino de 11 anos se
agarrou ao irmão em ato de desespero, ou o adolescente segurou o irmão pequeno
para tentar salvá-lo do afogamento, buscando deixá-lo próximo à superfície.
É comum que pessoas que estão se afogando fiquem desesperadas e
se agarrem a quem tenta salvá-los (especialmente pelo pescoço), o que pode
impedir o uso de técnica apropriada de resgate na água, explicou o coronel.
Neste caso, o profissional precisa segurar a vítima por trás para
"rebocá-la" até um local seguro e, então, prestar os primeiros
socorros.
Nós que somos profissionais temos treinamento diário,
treinamentos específicos, conhecemos e estudamos toda a questão dos mares. Isso
para poder saber dar mais sobrevida. Já duas crianças não têm esse poder de
discernimento, de se manter calmo, não bater muito a perna, tentar respirar o
máximo possível para não engolir água. E aí, você imagina os dois tentando se
salvar? E aí, o que acontece? Cansam e não soltam mais. Depois que segura ali,
não se soltam mais. Coronel Clemens, comandante do Corpo de Bombeiros
Local de difícil resgate
O quarteto estava muito distante da areia, segundo o
coronel, completando que somente o pai dos meninos poderá explicar o que
realmente aconteceu. "Eles entraram no mar por estar raso e, de repente,
foram surpreendidos com a maré enchendo", disse.
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