ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO ANUNCIA TAREFA PARA INVESTIGAR MORO E PROCURADORES DA LAVA A JATO, APÓS DETERMINAÇÃO DE TOFFOLI.


 Advocacia Geral da União  anuncia força-tarefa para investigar Moro e procuradores da Lava-Jato após determinação do ministro Toffoli

FONTE - O GLOBO

Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar as condutas do ex-juiz Sergio Moro e de membros do Ministério Público Federal durante a Operação Lava-Jato. Segundo o órgão, o objetivo é apurar “desvios de agentes públicos e promover a reparação de danos causados por decisões proferidas pelo Juízo da 13ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Curitiba/PR, contra Luiz Inácio Lula da Silva”.

A medida da AGU decorre de uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que anulou nesta quarta-feira todas as provas obtidas com o acordo de leniência da Odebrecht. O magistrado determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e outros órgãos identifiquem “eventuais agentes públicos que atuaram e praticaram os atos relacionados” ao acordo e “adotem as medidas necessárias para apurar responsabilidades, não apenas na seara funcional, como também nas esferas administrativa, cível e criminal”.

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Lula, em março de 2016, é alvo de um mandado de condução coercitiva autorizado pelo então juiz Sergio Moro
Lula, em março de 2016, é alvo de um mandado de condução coercitiva autorizado pelo então juiz Sergio Moro Marcos Bizzotto/Raw Imagem/Agência O Globo
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AGU anuncia força-tarefa para investigar Moro e procuradores da Lava-Jato após determinação de Toffoli
Ministro do STF anulou provas do acordo de leniência da Odebrecht e classificou prisão de Lula como um dos maiores ‘erros judiciários da história’
Por Reynaldo Turollo Jr — Brasília
06/09/2023 11h27 Atualizado há 35 minutos

A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar as condutas do ex-juiz Sergio Moro e de membros do Ministério Público Federal durante a Operação Lava-Jato. Segundo o órgão, o objetivo é apurar “desvios de agentes públicos e promover a reparação de danos causados por decisões proferidas pelo Juízo da 13ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Curitiba/PR, contra Luiz Inácio Lula da Silva”.

Leia mais: Toffoli anula provas do acordo de leniência da Odebrecht e diz que prisão de Lula foi um dos maiores ‘erros judiciários da história’
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A medida da AGU decorre de uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que anulou nesta quarta-feira todas as provas obtidas com o acordo de leniência da Odebrecht. O magistrado determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e outros órgãos identifiquem “eventuais agentes públicos que atuaram e praticaram os atos relacionados” ao acordo e “adotem as medidas necessárias para apurar responsabilidades, não apenas na seara funcional, como também nas esferas administrativa, cível e criminal”.

Ainda conforme a decisão, à AGU cabe apurar “os danos causados pela União e por seus agentes” aos investigados. No entendimento de Toffoli, “pela gravidade das situações estarrecedoras (…) já seria possível, simplesmente, concluir que a prisão do reclamante, Luiz Inácio Lula da Silva, até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história do país”.

Em nota, o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que cumprirá a decisão de Toffoli e que, “uma vez reconhecidos os danos causados, os desvios funcionais serão apurados, tudo nos exatos termos do que foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal”.

“Após a devida apuração, poderá ser cobrado dos agentes públicos, em ação regressiva, o ressarcimento à União relativo às indenizações pagas, sem prejuízo da oportuna apuração de danos causados diretamente à União pelas condutas desses agentes”, acrescentou a AGU.

Já o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, informou pelo Twitter que, assim que a pasta receber oficialmente a decisão, vai enviá-la à Polícia Federal “para cumprimento da determinação de apuração de responsabilidade criminal de agentes públicos”.

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