MULHER MORREU DURANTE PROCEDIMENTO DE RETIRADA DE DIU.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que “instaurou inquérito policial e aguarda a finalização dos laudos periciais que subsidiarão as investigações que apuram as causas”.
Mulher morre durante procedimento de retirada de DIU em Minas Gerais | Reprodução

Uma mulher de 32 anos morreu durante um procedimento para a retirada de um dispositivo intrauterino (DIU) na clínica Med Center, na cidade de Matozinhos, em Minas Gerais. O caso aconteceu no sábado (4), mas a família registrou o boletim de ocorrência nesta quarta-feira (8). A vítima foi identificada como Jéssica Marques Vieira.

Segundo o documento, o atendimento começou às 7h, mas até as 9h30 os familiares não tinham informações da paciente. Ao serem questionadas, auxiliares médicas disseram à família que a situação dela não estava boa. Pouco tempo depois, funcionários da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Matozinhos chegaram à clínica com um desfibrilador. Em seguida, Jéssica foi transferida para a UPA.

Os familiares afirmam que Jessica morreu na clínica, durante o procedimento, pois ela foi colocada na ambulância com os lábios roxos e a pele pálida. No entanto, o médico responsável pelo procedimento, Roberto Márcio Martins de Oliveira, negou a morte de Jéssica.

Mulher morre durante procedimento de retirada de DIU em Minas Gerais | FOTO: Reprodução/Alice Blog

O pai da vítima contou que a filha era paciente do cardiologista desde 2011, porque nasceu com sopro no coração, e ele quem faria a retirada do contraceptivo. O idoso, Lino Antônio Vieira, cobra justiça, pois segundo ele, “a filha não morreu, ela foi assassinada".


"Eu e meu genro que levamos ela lá, ficamos das 7h até as 11h. Ele tinha matado minha filha, e retirou ela para a UPA de Matozinhos. Só lá que eu tomei conhecimento da morte. Eu quero justiça, aquele homem matou minha filha e ele tem que pagar por isso. O que eu estou passando, não desejo para nenhum pai, pra nenhum familiar", disse Lino Antônio, pai de Jéssica, ao G1.

Conforme as informações, o médico foi questionado várias vezes se Jéssica havia morrido, mas ele negou e disse que tinha feito procedimentos de ressuscitação por 19 vezes. O cardiologista impediu que Elvis, marido de Jéssica, a acompanhasse na ambulância.

Por volta das 14h30, na UPA, um rabecão do Instituto Médico Legal (IML) chegou ao local e Lino Antônio, pai de Jéssica, descobriu conversando com o motorista do veículo que ele foi para remover o corpo de uma "mulher de nome Jéssica". Na sequência, o médico Roberto Márcio informou à família sobre a morte da paciente.

O pai de Jéssica pediu ainda para ver o corpo da filha no necrotério da UPA, que segundo ele "já se encontrava frio, com os lábios mais arroxeados e agora a face também encontrava-se com o aspecto arroxeado, e iniciando rigidez", o que o levou a pensar que a filha morreu mais cedo.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que “instaurou inquérito policial e aguarda a finalização dos laudos periciais que subsidiarão as investigações que apuram as causas”.

NOTA COMPLETA DA POLÍCIA CIVIL

"A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou inquérito policial e aguarda a finalização dos laudos periciais que subsidiarão as investigações que apuram as causas e as circunstâncias da morte da mulher, de 32 anos, ocorrida durante um procedimento em uma clínica médica, em Matozinhos. Mais informações serão repassadas após a conclusão do inquérito policial."
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