CRISE EM TERESINA; SECRETÁRIOS DE SAÚDE DO PIAUÍ PEDEM MAIS RECURSOS E UNIÃO DE GOVERNOS.

 

Por Rebeca Lima 

Em entrevista ao Notícia da Manhã desta terça-feira (02), a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Piauí (Cosems-PI), Leopoldina Cipriano, comentou sobre a crise na saúde pública de Teresina e reforçou o pedido de mais recursos para todo o estado e da união de forças do governo federal e estadual.  

“A gente vem reclamando do subfinanciamento. Para ter noção, está há 17 anos que o valor pago pelo governo federal por uma ultrassom é o mesmo, menos de R$ 10 é o que o governo federal repassa para o município para garantir consulta especializada, e a gente vem há 17 anos dizendo que precisamos de mais recursos. Precisamos unir forças, não só o governo federal, mas também os governos estaduais e municipais, para melhorar o financiamento do SUS. É um alerta que o Cosems tem feito. A gente está cobrando ações efetivas que venham ao encontro da necessidade do povo do Piauí e do Brasil. São mais recursos para o SUS. A gente precisa garantir mais recursos”, destacou.

Sobre a retirada dos equipamentos de ultrassom, tomografia e raio-x do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) no dia 27 de dezembro, Leopoldina Cipriano pontuou que o Cosems já havia entrado em contato com o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Ari Ricardo, sobre o débito com a empresa que fornece os aparelhos e o entendimento é que já havia uma negociação.

“O Cosems já tem buscado diálogo com o Ari. A gente já tinha conhecimento do valor do débito, mas a gente também tinha conhecimento de que havia uma negociação e que o pagamento iria ser feito. Assim, a probabilidade da retirada dos equipamentos seria mínima”, disse.

A presidente do Conselho ressaltou ainda que é necessário a união de esforços entre os governos para garantir que a saúde pública funcione.

“A gente já sabe do subfinanciamento do SUS. A gente já vem discutindo a necessidade de unir forças: governo federal, governo do estado e governo municipal, para que a gente assegure o serviço. Está ficando cada vez mais caro, e com recursos mais escassos. Então, ou unem forças os três governos, ou isso vai acontecer outras vezes. Vão fechar as portas porque o valor que a gente recebe enquanto municípios é insuficiente para a gente manter o serviço funcionando”, ressaltou. 

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