GÁS NO POLO GESSEIRO DO ARARIPE; GOVERNO AUNCIARÁ CHAMADA PÚBLICA E LINHA DE FINACIAMENTO.


Depois de anunciar um investimento de R$ 6 milhões para levar o gás natural ao Polo Gesseiro do Araripe, no Sertão, o governo do estado de Pernambuco prepara mais dois anúncios. O primeiro é o modelo de financiamento para conversão dos fornos das calcinadoras ao gás natural, através da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE).

O segundo, será a chamada pública para contratar a empresa que levará o gás natural liquefeito à estação de regaseificação, no mesmo modelo implantado em Petrolina e Garanhuns.
Muita gente se perguntava porque o polo gesseiro, com tantos problemas ambientais, demorou tanto para receber sua unidade regaseificadora. A razão é que nas duas primeiras cidades havia empresas âncoras consumidoras. No caso do polo, não.

A gestão passada, sob comando do PSB, tentou avançar com programa semelhante, mas não houve adesão. Na época, a ADEPE iria financiar 80% da conversão dos fornos, a fundo perdido, e os empresários assumiriam os 20% restantes. Mas o custo mínimo de R$ 30 mil para fazer a conversão, a impossibilidade de deixar o forno bivalente (para gás e lenha) e o temor de ficarem dependentes de um único fornecedor fizeram os empresários recuarem.

E é possível que o custo elevado da lenha e a dificuldade de acesso a ela – tem sido preciso andar até 600 quilômetros para encontrá-la – podem ter feito muita gente mudar de ideia.

O fato é que a chegada do gás natural ao polo gesseiro é estratégica por vários fatores. Primeiro porque vai ajudar a combater o desmatamento no bioma Caatinga. Pernambuco é o maior produtor nacional de gesso e 83% da matriz energética do polo é baseada na lenha. Para alimentar os fornos de dezenas de empresas, são desmatadas 6 milhões de árvores por ano. Isso equivale a nove mil estádios de futebol.

Segundo, porque é um mercado potencial para a Copergás. Quase um terço das calcinadoras da região assinaram a carta de intenções com o governo do estado na última terça-feira. O universo reúne 174 calcinadoras, 42 mineradoras e 800 indústrias de pré-moldados. Juntas, elas têm o potencial de consumo equivalente a 20% da oferta da Copergás. Segundo Felipe Valença, presidente da companhia, isso representa mais do que as distribuidoras da Paraíba ou do Rio Grande do Norte comercializam por ano.

Outro ponto importante é que o programa do gás natural pode contribuir para reduzir a informalidade, que é altíssima. Para ter acesso à futura linha de crédito e à isenção de 100% do ICMS, as empresas vão ter que se regularizar. Hoje, do universo de 45 mil empregos diretos e indiretos, só uns quatro mil são formais. Um detalhe muito relevante: esse programa tornará o gás ofertado no polo o mais barato do Brasil.

Indústria
A Fiepe vai orientar seus associados, por meio de carta, a reagirem contra a tributação de incentivos fiscais pelo governo federal. A taxação tem por objetivo alcançar a meta fiscal e zerar o déficit em 2024 do governo federal.

Ri Happy

O pernambucano Thiago Rebello é o novo CEO do Grupo Ri Happy, maior varejista brasileiro de brinquedos, dono das marcas Ri Happy e PBKIDS. O anúncio reflete o novo momento da história do Grupo Ri Happy, que detém as marcas Ri Happy e PBKIDS. Varejo e entretenimento passam a ser o norte do negócio que tende a se expandir.

Fonte: Folha de PE

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