PRESIDENTE LULA, ESCOLHE NOVO JUIZ E TRE DEVE MARCAR JULGAMENTO DE MORO.

O senador é acusado de abuso de poder econômico na pré-campanha relacionada às eleições de 2022.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o advogado José Rodrigo Sade para ocupar a cadeira de juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). A decisão foi anunciada após a publicação no “Diário Oficial” nesta quinta-feira (22) e ocorreu a partir de uma lista tríplice encaminhada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início do mês.

Sade assume a vaga deixada por Thiago Paiva dos Santos, que concluiu seu mandato no final de janeiro. Com a formação completa da corte regional, composta por sete juízes, espera-se que o presidente do TRE-PR marque a data para o julgamento do processo envolvendo o senador Sergio Moro (União Brasil).

O relator do caso, Luciano Falavinha, concluiu a análise em 30 de janeiro e liberou o processo para julgamento. Entretanto, o desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, ao assumir a presidência do TRE em 1º de fevereiro, afirmou que o julgamento só ocorreria após a escolha e posse do sétimo membro, seguindo o Código Eleitoral que exige o colegiado completo para casos que envolvam cassação de mandato.

Ação contra o senador

Moro, alvo de uma ação de investigação judicial eleitoral movida pelo PT e PL, é acusado de abuso de poder econômico na pré-campanha relacionada às eleições de 2022. As siglas buscam a cassação de seu mandato, a inelegibilidade por oito anos e a realização de uma nova eleição para a cadeira de senador do Paraná.

Os outros dois nomes da lista tríplice eram os advogados Roberto Aurichio Junior e Graciane Aparecida do Valle Lemos. Sade, que já atuava como juiz substituto até o final do mês passado, teve seu mandato encerrado.

A ação contra Moro alega que o ex-juiz da Lava Jato fez gastos excessivos durante a pré-campanha de 2022, desequilibrando a disputa. A defesa de Moro nega os gastos excessivos, argumentando que as despesas não poderiam ser consideradas, pois inicialmente ele almejava outros cargos e não a candidatura ao Senado pelo Paraná.

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