TRÊS CASOS DE FEBRE OROPOUCHE FORAM REGISTRADO EM TERESINA.
Foto: Arquivo/ Cidadeverde.com
Por Marina Sérvio com informações da FMS
Três casos de Febre Oropouche foram confirmados em Teresina pela Fundação Municipal de Saúde (FMS). Os pacientes foram atendidos na Unidade de Pronto Atendimento do Renascença, em março deste ano, dois deles eram residentes da zona Sudeste da capital.
Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.
Segundo a FMS, a detecção de casos como esses é bastante atípica, já que a doença não é endêmica no Piauí, o primeiro caso confirmado no estado aconteceu em 2021. Nos últimos três anos, mais oito casos deram positivo para infecção pelo vírus Oropouche, porém por métodos sorológicos que, por natureza, são mais sujeitos a reações cruzadas e a resultados inconclusivos.
Ainda não é possível estabelecer onde aconteceu a transmissão.
“Os pacientes não estiveram em outra cidade ou estado recentemente – o que leva a crer em transmissão autóctone, embora ainda não se possa determinar o local exato onde foram infectados”, comenta Walfrido Salmito, diretor de Vigilância em Saúde da FMS.
A suspeita inicial era que os pacientes estivessem com dengue, mas após descartar a doença, os casos foram confirmados como Febre Oropouche por exames de biologia molecular (RT-PCR) realizados no Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí Dr. Costa Alvarenga (LACEN-PI).
Febre Oropouche
A transmissão da febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece se multiplicando no mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela. Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença, silvestre e urbano.
No primeiro, animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
Quanto ao ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros do vírus e o maruim também é considerado como principal vetor. Entretanto, mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus (um tipo de “muriçoca”) é comumente encontrado em ambientes urbanos e pode, ocasionalmente, transmitir o vírus Oropouche aos humanos.
Evitar a proliferação de criadouros de mosquitos e o contato com eles são a principal forma de prevenção da febre do Oropouche. Em especial durante visitação de regiões de mata, é fundamental que sejam utilizadas roupas de mangas compridas e repelentes sobre as áreas expostas de pele.
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