ESTUDANTE DE MEDICINA DE 23 ANOS MORREU APÓS LUTA CONTRA PORFIRIA AGUDA INTERNITENTE
Pelas redes sociais, família e amigos lamentaram a morte da jovem.
A estudante de medicina Maria Clara Sabóia, de 23 anos, morreu nesta segunda-feira (14), após meses de luta contra a doença Porfiria Aguda Intermitente, uma doença genética rara que afeta o sistema neurológico. Natural da cidade de Luzilândia no Piauí, Maria Clara é filha do ex-prefeito do município, Vicente de Saboia, e foi diagnosticada com a doença no começo deste ano. Pelas redes sociais, família e amigos lamentaram a morte da jovem.
ReproduçãoEstudante de medicina morre aos 23 anos após luta contra porfiria aguda intermitenteA estudante ficou internada por vários meses em estado grave. Por se tratar de uma doença rara, a Porfiria Aguda Intermitente não tem cura e para amenizar seus efeitos precisa de um tratamento inicial com o uso de quatro doses de Panhematin, que custa R$ 56.900 cada. A família de Maria Clara chegou a organizar uma vaquinha para arrecadar recursos para comprar a medicação.
A Porfiria Aguda Intermitente é decorrente da deficiência da enzima porfobilinogênio desaminase (também conhecida como hidroximetilbilano sintase), o que se traduz em um distúrbio metabólico raro na produção do heme, um dos componentes fundamentais de várias proteínas importantes do organismo. Segundo especialistas, a doença é herdada devido a um único gene anômalo de um dos pais. O gene normal do outro progenitor mantém a enzima deficiente em metade da concentração normal, o que é suficiente para produzir quantidades normais de heme.
Maria Clara foi diagnosticada com o distúrbio após apresentar sintomas da porfiria. Em entrevista ao O DIA, Maria Arlene Sabóia, irmã de Maria Clara, relatou que tudo começou com dores no corpo e depois o quadro foi se agravando cada vez mais.
“No dia 21 de maio a Clara começou com dores no corpo, no início suspeitamos que fosse dengue. No dia 24, ela não estava mais aguentando de dor e fomos para Luzilândia. Após isso ela começou a sentir intensas dores abdominais com vômitos chegando até a tomar morfina. Quando ela deu sua primeira convulsão ela voltou para a UTI e nunca mais foi a mesma, ela ficou muito fraquinha com “tiques” na boca, movimentos involuntários na boca e na cabeça”
Os episódios da doença ocorrem após a puberdade e são mais frequentes nas mulheres que nos homens. Em algumas mulheres, os episódios ocorrem durante a segunda metade do ciclo menstrual. Além disso, também são constantes o aumento da frequência cardíaca, a hipertensão arterial, a sudorese e a agitação.
Todos esses sintomas, incluindo os gastrointestinais, são decorrentes dos efeitos sobre o sistema nervoso. Os nervos que controlam os músculos podem ser lesados, acarretando fraqueza muscular, a qual geralmente inicia nos ombros e nos braços. A fraqueza pode progredir praticamente para todos os músculos, incluindo os envolvidos na respiração. Podem ocorrer tremores e convulsões.
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O DIA.COM - TERESINA


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