TARIFA SOCIAL DE ENERGIA; VEJA QUEM PODE TER CONTA GRATUITA.
Governo propõe ampliar benefícios da tarifa social de energia elétrica. Cerca de 16 milhões de brasileiros podem ter gratuidade total.
Uma proposta em estudo pelo Ministério de Minas e Energia prevê a ampliação da tarifa social de energia elétrica, com gratuidade total para famílias em situação de vulnerabilidade e descontos parciais para quem tem baixa renda, mas consome um pouco mais.

A medida pode beneficiar até 60 milhões de pessoas, sendo que 16 milhões delas teriam isenção total na conta de luz. O texto já foi enviado à Casa Civil e, se aprovado no Congresso Nacional, poderá transformar a forma como o benefício é concedido.
Confira as principais dúvidas sobre o assunto a seguir:
Quem terá direito à energia gratuita?
Pelo texto atual, terão direito à tarifa zero as famílias que:
• Estão inscritas no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo per capita;
• Consomem até 80 kWh por mês;
• Recebem o BPC (Benefício de Prestação Continuada);
• São indígenas ou quilombolas cadastrados no CadÚnico;
• Vivem em regiões com sistemas isolados, fora do sistema interligado nacional.
Famílias que se encaixam nesses critérios e ultrapassarem os 80 kWh pagarão apenas pelo excedente. Ou seja, se uma casa consumir 86 kWh no mês, só pagará pelos 6 kWh que passaram do limite.
E quem consome mais ou tem renda um pouco maior?
O governo também quer criar um desconto social para famílias com renda entre meio e um salário mínimo per capita, com consumo de até 120 kWh por mês. Nesse caso, o benefício será a isenção da taxa da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) — que representa cerca de 12% da conta de luz.
Segundo estimativas, esse segundo grupo deve incluir 21 milhões de famílias, sendo 8,5 milhões já inscritas no CadÚnico.
Como funciona a tarifa social hoje?
Atualmente, a tarifa social oferece descontos escalonados, que podem chegar a 65% para famílias de baixa renda e 100% para indígenas e quilombolas, dependendo da faixa de consumo. O limite máximo é de 220 kWh por mês, mas o maior abatimento é dado para quem consome entre 0 e 30 kWh.
O que muda com a nova proposta?
Além da ampliação do benefício, o governo afirma que o objetivo é tornar o sistema mais transparente e justo, reduzindo o número de brasileiros que, mesmo tendo direito, não recebem o desconto por falta de informação ou burocracia.
Entre os objetivos da proposta estão:
• Aliviar o orçamento de famílias de baixa renda;
• Reduzir os “gatos” de energia, já que o benefício pode desestimular ligações clandestinas;
• Evitar inadimplência, ao facilitar o pagamento das contas.

Qual será o impacto financeiro?
O custo estimado do projeto é de R$ 4,45 bilhões por ano, que será rateado entre os demais consumidores do sistema elétrico — o que pode representar um aumento médio de 1,4% nas contas de energia.
No entanto, o Ministério também prevê uma compensação gradual, com a redução de subsídios a fontes incentivadas (como energia eólica e solar), o que pode retirar cerca de R$ 10 bilhões da conta de
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