GOVERNO DOS EUA MANDA SUSPENDER VISTOS DE MORAES, FAMILIARES E ALIADOS DO STF.

 Após operação da PF

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou nas redes sociais, nesta sexta-feira (18/7), que ordenou a suspensão dos vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de seus familiares próximos e aliados da Corte. Segundo Rubio, a decisão foi tomada em resposta à “caça às bruxas política” promovida por Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo ele, tem gerado uma "censura tão abrangente que viola os direitos básicos dos brasileiros e vai além das fronteiras do Brasil, afetando até os Estados Unidos".

Rubio afirmou: “Portanto, ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados na Corte, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato”. Ele também destacou que sua decisão está relacionada ao uso de tornozeleira eletrônica e à proibição de Bolsonaro de acessar as redes sociais, determinadas por Moraes.

Foto: Reprodução

Marco Rubio ainda fez referência a uma declaração do ex-presidente Donald Trump, que, segundo o secretário de Estado, havia afirmado que seu governo responsabilizaria estrangeiros que promovessem censura à liberdade de expressão, protegida nos Estados Unidos.

As acusações contra Moraes começaram após o ministro suspender a rede social X no Brasil em 2024, após a plataforma descumprir ordens judiciais brasileiras. A decisão levou a ações judiciais contra Moraes, como uma movida pela plataforma Rumble e uma empresa ligada a Trump, que pediam para não serem obrigadas a cumprir as ordens do ministro.

Rubio também havia alertado, em 21 de maio, que existia uma "grande possibilidade" de Moraes ser alvo de sanções norte-americanas, baseadas na Lei Global Magnitsky. Desde então, a Rumble e a Truth Social (rede social de Trump) entraram com um processo contra o ministro no tribunal da Flórida, que ainda está em andamento.

Enquanto isso, a operação da Polícia Federal autorizada por Moraes nesta sexta-feira (18/7) envolveu a busca e apreensão de documentos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes afirmou que o ex-presidente e seu filho, Eduardo Bolsonaro, comemoraram "a gravíssima agressão estrangeira" contra o Brasil, instigando o governo dos EUA a tomar "novas medidas e atos hostis" contra o país. Moraes acusou ambos de tentar submeter o Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado, o que configuraria uma afronta à soberania nacional.

Além disso, o ministro afirmou que as ações de Bolsonaro e seu filho caracterizavam práticas criminosas, como coação, obstrução de investigações e atentados à soberania brasileira. Ele apontou que as tarifas impostas pelos EUA, nas quais os Bolsonaro teriam se envolvido, visavam criar uma crise econômica no Brasil e pressionar o Poder Judiciário, afetando também as relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos.

A operação da PF também resultou em medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, uma decisão que teve o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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