PL EXPULSA DEPUTADO ANTÔNIO CARLOS RODRIGUES APÓS CRÍTICAS A TRUMP.

A decisão foi influenciada pela pressão interna da bancada, conforme declarado pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto

O deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP) na Câmara dos Deputados

Crédito:Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O Partido Liberal (PL) decidiu expulsar o deputado Antonio Carlos Rodrigues, representante de São Paulo, em resposta a suas críticas direcionadas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A liderança do partido considera que os comentários de Rodrigues foram uma afronta ao presidente norte-americano, que implementou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e impôs sanções financeiras ao ministro Alexandre de Moraes.

A expulsão ocorre em um contexto político delicado, especialmente após uma mobilização liderada por Eduardo Bolsonaro, também do PL-SP, nos Estados Unidos, que visava apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Este último enfrenta processos no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo acusações de tentativa de golpe e outras irregularidades.Donald Trump (Daniel Torok White House/Fotos Públicas)

Embora o PL tenha reiterado seu compromisso com a liberdade de expressão, a decisão foi influenciada pela pressão interna da bancada, conforme declarado pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto. Em sua nota oficial, Costa Neto afirmou: “A pressão da nossa bancada foi muito grande. Nossos parlamentares entendem que atacar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma ignorância sem tamanho.”

Ele continuou enfatizando a importância de manter relações diplomáticas: “Trump é o presidente do país mais forte do mundo. O que precisamos é de diplomacia e de diálogo, não de populismo barato, que só atrapalha o desenvolvimento da nossa nação. Chega de arrumar confusão. Temos que arrumar o Brasil.”

Antonio Carlos Rodrigues está em seu primeiro mandato como deputado federal e já ocupou a posição de ministro dos Transportes durante a administração de Dilma Rousseff (PT), além de ter sido vereador em São Paulo por quatro mandatos consecutivos. A reportagem tentou contato com o deputado para obter sua versão sobre os acontecimentos, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.

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