UNIFICAÇÃO DAS ELEIÇÕES, FIM DA REELEIÇÃO E COTA DE REPRESENTAÇÃO FEMININA EM DEBATE NA ALEPI.
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Senador Marcelo Castro esteve na Assembleia explicando mudanças previstas na reforma do sistema eleitoral

Marcelo Castro argumentou que o atual sistema eleitoral brasileiro é uma deformação, pois é um sistema proporcional que vota em candidatos, não em partidos; e que haver eleições a cada dois anos dificulta o trabalho dos gestores, pois “o prefeito senta na cadeira já pensando na eleição seguinte”. “É exaustivo eleições de dois em dois anos. Isso faz com que a gestão também perca o planejamento de médio e longo prazo”, disse o senador.

Evaldo Gomes, deputado estadual pelo Solidariedade, criticou a proposta de proibir a reeleição para os cargos do Executivo, pois, para ele, isso impedirá que bons governos continuem seus projetos. O parlamentar defendeu que governos ruins não são reeleitos, exemplificando com o caso da última eleição da capital piauiense. “Quem faz má gestão, não se reelege, como vimos aqui em Teresina. Acho certa incoerência o senado ter direito a várias reeleições, e o prefeito e o governador não terem direito”.
Outro ponto destacado pelo senador é o da obrigatoriedade de haver pelo menos 20% de mulheres nos parlamentos. “Essa é uma medida de certa forma imposta, mas é uma forma de amenizar a ausência que temos de mulheres na política. Não justifica nós termos a 137ª menor representação feminina no mundo. Temos mais de 700 municípios que não têm uma mulher vereadora”, disse.
A representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Ívilla Araújo, se mostrou favorável à política afirmativa para as mulheres, no entanto pediu que criassem formas de mantê-las na política. Ívilla Araújo se mostrou cética com uma mudança tão grande no sistema eleitoral brasileiro, dizendo que não via como “viável neste momento social, econômico e político” e que levassem em consideração a perspectiva do cidadão, do eleitor, não apenas a do político.
José Maria de Araújo Costa, juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, se disse receoso com a unificação das eleições em um mesmo período, especialmente pelo provável enfraquecimento do debate. “Como vamos ter a divulgação de idéias, o debate político, em torno de tantas candidaturas?”, questionou. Outro ponto de atenção destacado pelo juiz foi o da logística em organizar as eleições para tantos cargos em um mesmo momento.
A PEC 12/2022 teve parecer aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal e agora aguarda inclusão entre as matérias a serem votadas em Plenário.

Fonte/Créditos: ALEPI
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