JUSTIÇA DE GOIÁS DETERMINA PRISÃO DE JOÃO DE DEUS.
A
Secretaria de Segurança Pública de Goiás confirmou há pouco que o Tribunal de
Justiça de Goiás acatou o pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e
determinou a prisão do médium goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus.
Ele é alvo de denúncias de abusos sexuais.
Como o processo tramita em sergredo de Justiça, o MP-GO não vai se manifestar.
A reportagem ainda não
conseguiu falar com o advogado Alberto Toron, que defende o médium. O advogado
protocolou ontem (13) pedido para que o tribunal autorizasse o médium a
continuar os atendimentos na Casa Dom Inácio Loyola, em Abadiânia.
Até
esta quinta-feira, a força-tarefa criada pelo Ministério Público estadual para
apurar as acusações de abusos sexuais contra João de Deus havia recebido 330 mensagens e
contatos por telefone de mulheres que afirmam ser vítimas de
crimes sexuais praticados pelo médium.
Promotorias de Justiça
Criminais do Ministério Público de outros estados também estão recebendo
denúncias e auxiliando o Ministério Público de Goiás na apuração, colhendo os
depoimentos das denunciantes que não moram em Goiás.
O
médium de 76 anos fundou, em 1976, a Casa Dom Inácio de Loyola no município goiano de
12 mil habitantes, a cerca de 110 quilômetros de Brasília e à mesma distância
de Goiânia.
Memória
As
denúncias começaram a vir a público na última sexta-feira (7) quando o
programa Conversa com Bial, da TV Globo, divulgou as
primeiras denúncias de abuso sexual. A partir daí, outras mulheres que afirmam
ser vítimas do médium começaram a procurar as autoridades e a imprensa. Nessa
quarta-feira, em sua primeira aparição pública, o médium disse que é inocente e
está à disposição da Justiça brasileira.
"Irmãos e minhas queridas
irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Quero cumprir a lei brasileira. Estou
nas mãos da Justiça. O João de Deus ainda está vivo", declarou o médium ao
passar pela Casa Dom Inácio, onde permaneceu por menos de dez minutos antes de
sair alegando estar passando mal.
Fonte – Agência Brasil.
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