SECRETARIA DE SAÚDE CONFIRMA SEGUNDO CASO DE FEBRE DO NILO NO PIAUÍ
Sesapi alerta para que a população tome medidas necessárias
para evitar a contaminação.
A Secretaria de Saúde do Piauí
(Sesapi) confirmou nesta sexta-feira (08), o segundo caso de Febre do Nilo no
Piauí. O caso foi detectado em uma mulher da região de Picos. A paciente
começou a sentir os sintomas da doença ainda em julho de 2017, mas o resultado
do exame só ficou pronto em janeiro deste ano.
A Secretaria de Saúde do Piauí fez o alerta para que a população
tome medidas necessárias para evitar a contaminação que pode ser causada pelo
mosquito Culex (muriçoca, pernilongo comum).
O primeiro caso de Febre do Nilo registrado no Brasil foi
registrado, em 2014, no Piauí. O agricultor de 52 anos, do município de
Aroeiras do Itaim, no Piauí. De acordo com o neurologista Marcelo Adriano
Vieira, do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, provavelmente um
mosquito foi infectado ao picar algum pássaro silvestre vindo de regiões
endêmicas da África ou Ásia Ocidental.
Aves migratórias, que de tempos em tempos, trocam o frio do
Hemisfério Norte pelo calor do Hemisfério Sul, são o principal reservatório do
vírus identificado em Uganda, em 1937, que causa febre, dor de cabeça e,
eventualmente, até problemas neurológicos.
Ciclo
de transmissão da doença(Foto:reprodução internet)
Somente as aves transmitem a doença para o mosquito, e este
retransmite para pessoas, animais e outras aves. “Se o mosquito picar outras
aves, o ciclo se perpetua; se picar uma pessoa ou um equino, por exemplo, a
doença para ali, porque são hospedeiros definitivos”, disse ele, lembrando que
o vírus já foi identificado em dois frangos.

Em 75% dos casos de contaminação humana pelo vírus da Febre do
Nilo, o organismo o elimina e a pessoa não sente nenhum sintoma. Em 24% dos
casos, os sintomas são semelhantes aos da dengue (febre, dor de cabeça e no
corpo). Só em 1% dos casos há comprometimento neurológico, com perda de
movimentos, mas esse sintoma pode ser revertido.
O agricultor piauiense chegou a sentir dormência, dor de cabeça,
náuseas e, em seguida, teve a sensação de perda de forças, até culminar com a
paralisação de todos os movimentos do corpo – só mexia a cabeça. Ele já
recuperou o movimento dos braços e das pernas, mas ainda não tem forças para
ficar em pé.
Fonte - portal AZ
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