DIRETÓRIO NACIONAL DO PSL CONFIRMA PUNIÇÕES A 18 DEPUTADOS LIGADOS A BOLSONARO
Sanções
vão de advertência até suspensão de atividades por 12 meses.
FONTE - PORTAL G1
Por Lucas Pereira
Eduardo e outros deputados são punidos / foto: reprodução
O Diretório Nacional do PSL confirmou nesta
terça-feira (3) punição a 18 deputados da sigla ligados ao presidente da
República, Jair Bolsonaro.
As penas vão de advertência até suspensão das
atividades partidárias por 12 meses e foram recomendadas pela Executiva
Nacional da legenda na semana passada. Nesta terça, o diretório homologou as
punições.
Pela decisão do comando do PSL, estão suspensas as
atividades partidárias de:
• Bibo
Nunes: 12 meses
• Alê
Silva: 12 meses
• Bia
Kicis: 6 meses
• Carla
Zambelli: 6 meses
• Carlos
Jordy: 7 meses
• Daniel
Silveira: 12 meses
• Eduardo
Bolsonaro: 12 meses
• General
Girão: 3 meses
• Filipe
Barros: 6 meses
• Junio
Amaral: 3 meses
• Luiz
Philippe de Órleans e Bragança: 3 meses
• Márcio
Labre: 6 meses
• Sanderson:
10 meses
• Vitor
Hugo: 7 meses
Parte dos deputados punidos deverá deixar o partido
a fim de se transferir para o Aliança pelo Brasil, sigla criada pelo presidente
Jair Bolsonaro, mas que, para obter o registro na Justiça Eleitoral, ainda
depende de cumprir requisitos, entre os quais a coleta de cerca de 500 mil
assinaturas de apoio.
Com a suspensão das atividades partidárias, Eduardo
Bolsonaro, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, deverá deixar o posto de
líder da bancada do partido na Câmara.
Outros quatro deputados foram punidos com
advertência. São eles:
• Aline Sleutjes;
• Chris Tonietto;
• Hélio
Lopes;
• Coronel
Armando.
Comissões da Câmara
A situação dos deputados do PSL suspensos que
integram comissões na Câmara dos Deputados ainda está indefinida.
Como são indicados para as comissões pelo líder da
sigla, a vaga desses parlamentares ainda dependerá de avaliação do partido.
O regimento da Câmara, no entanto, assegura o
direito de os deputados serem titulares de ao menos uma comissão permanente.
Esse ponto também poderá ser considerado pelo presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ).
Os deputados que presidem comissões, como o caso de
Eduardo Bolsonaro (Comissão de Relações Exteriores) não perdem o cargo porque
foram eleitos.
Crise no partido
O racha no PSL se agravou após o presidente Jair
Bolsonaro fazer críticas públicas ao presidente do partido, Luciano Bivar. A
ala bivarista passou a acusar os deputados ligados a Bolsonaro de ataques à
legenda e de indisciplina.
O presidente e um de seus filhos, o senador Flávio
Bolsonaro, pediram desfiliação da legenda e pretendem migrar para um novo
partido, que se chamará Aliança pelo Brasil. Os cerca de 20 deputados do PSL
ligados a Bolsonaro também devem se filiar a ele, após a criação da sigla.
No mês passado, Bolsonaro afirmou a um apoiador
para "esquecer" o partido, acrescentando que Bivar estaria
"queimado para caramba". Essa declaração de Bolsonaro desencadeou uma
crise, dividindo a sigla entre seus apoiadores e os de Bivar.
A crise no PSL se refletiu na disputa pelo comando
da liderança da legenda na Câmara, com uma guerra de listas pelo cargo, opondo
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e o deputado Delegado Waldir
(PSL-GO), ligado a Bivar.
No final de outubro, a sigla instalou o conselho de
ética para julgar Eduardo e mais 18 deputados, todos aliados a Bolsonaro, por
indisciplina.
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