HUT JÁ TEM MAIS DE 100 PROFISSIONAIS DE SAÚDE AFASTADOS.
FONTE - PORTAL CIDADE VERDE
Mais de 100
profissionais do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) se afastaram das
atividades, desde que começou o esforço concentrado para o combate ao novo
coronavírus e seus efeitos. A maior parte dos afastamentos atende aos cuidados
para grupos específicos, como maiores de 60 anos, portadores de doenças que
reduzem a imunidade, gestantes e lactantes. Mas casos de pedidos de
licenciamento direto. Esse número corresponde a mais de 5% de todo o
contingente funcional do HUT, que conta com cerca de 2.000 colaboradores.
Desse total, ainda não há nenhum caso afastado por apresentação
de sintomas condizentes com o coronavírus. Esse tipo de ocorrência está sendo
verificada em outras áreas do país. Na cidade de São Paulo, por exemplo, apenas
o hospital Albert Einstein teve 350 profissionais (2% de todo o seu
contingente) afastados pela apresentação de sintomas – sendo que mais da metade
já teve o diagnóstico confirmado e cerca de 50 ainda aguardam resultado dos
exames. O Hospital das Clínicas afastou 125 com sintomas, o Sírio Libanês já
confirmou a infecção de 102 funcionários e a rede de saúde do município
contabiliza 1.100 profissionais afastados.
No caso do HUT, o afastamento de mais de 5% do corpo funcional
gera preocupação. O diretor do hospital, Rodrigo Martins, confirmou o grande
número de afastamentos. “Estamos em uma situação em que precisamos esforços
somados, não subtraídos”, lamenta o diretor da unidade de saúde. Ele lembra
que, em situações normais, o HUT já não trabalho com folga, especialmente pela
pressão de pacientes de outros municípios. Essa pressão tende a crescer muito
com a pandemia do coronavírus, e a diminuição de pessoal torna-se um
complicador a mais.
Para se ter uma ideia, somente em um único setor do HUT, ontem
foram registrados cinco afastamentos, todos de lactantes ou gestantes – grupo
que recebe atenção especial nesse período de pandemia.
Afastamentos
também na rede básica
O quadro de redução de pessoal registrado no Hospital de
Urgência de Teresina não é um caso isolado: os afastamentos também estão sendo
registrados na rede básica, nas unidades de entradas nos bairros. Nessas
unidades, o comportamento é semelhante ao verificado no HUT. Se a média
prevalecer, o número de afastados pode ser multiplicado por quatro. O detalhe é
que o HUT, com 2.000 funcionários, responde por menos de 20% dos 11 mil
servidores da Fundação Municipal de Saúde.
Desse total de servidores da FMS, uma parte está no setor de
apoio administrativo. Mas pelo menos 8.000 funcionários estariam atuando
diretamente na rede de atenção. Se a proporção de afastamento verificada no HUT
for observada nas outras unidades, o sistema municipal de saúdeteria hoje mais
de 400 servidores fora de suas atividades. Essa diferença é um complicar para o
bom atendimento, já que a demanda tende a aumentar vertiginosamente.
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