MOVIMENTAÇÃO EM POSTOS DE COMBUSTÍVEIS DA CAPITAL TEVE QUEDA DE ATÉ 80%
“Não ter circulação de gente na cidade e o
volume de vendas despencou, mas isso já era esperado, porque a economia toda
está parada", disse o presidente do Sindipostos-PI.
As medidas de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19)
interferem diretamente o funcionamento de estabelecimentos comerciais, como
postos de combustíveis. Sem a circulação de pessoas nas ruas, a movimentação
nesses estabelecimentos vem apresentando queda significativa em Teresina, é o
que afirma o Sindicato dos Postos Revendedores de Combustíveis do Piauí
(Sindipostos-PI).
“Não ter
circulação de gente na cidade e o volume de vendas despencou, mas isso já era
esperado, porque a economia toda está parada. Ninguém sai de casa, então alguns
postos tiveram perda de até 80% em seu movimento”, pontua Alexandre Valença,
presidente da entidade patronal, que relacionou este cenário aos decretos
assinados pelo prefeito Firmino FIlho (PSDB), alterando o funcionamento desses
estabelecimentos.
Pela norma
municipal, postos de combustíveis podem abrir no horário de 7h às 19h, o que
segundo o empresário não influenciou muito dada a queda da demanda. Porém, ele
criticou a determinação que proíbe o funcionamento das lojas de conveniência
nestes locais. “É inapropriada, inclusive põe em risco a saúde da população.
Elas poderiam desafogar os supermercados, pois os postos estão vizinhos às suas
casas”, argumentou.
Movimentação em postos de combustíveis da capital teve queda de
até 80% - Foto: Assis Fernandes/O Dia
Preço
O presidente
do Sindipostos-PI também observa uma redução no valor dos combustíveis em todo
o estado. A gasolina, por exemplo, que chegou a ser comercializada próximo dos
cinco reais neste ano, apresenta hoje uma oscilação entre R$ 3,99 e R$ 4,20, no
entanto, sem relação direta com a atual crise sanitária. “Tem mais a ver com a
briga internacional, fazendo com que os preços aqui despencassem (...) Para os
postos, combustível barato é bom, porque aumenta o poder de compra do cliente”,
assegura.
Valença cita um
acordo internacional, feito pela Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (Opep), para elevação do preço do barril da principal matéria prima
dos combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, o que pode inflacionar
novamente o preço destes nas bombas dos postos. “Há uma expectativa de subida
no preço do petróleo, porém há uma demanda muito baixa, isso pode ser um
contrapeso (...) mas se os acordos internacionais elevarem o preço do barril, a
tendência é o preço do combustível também subir”, ressalta.
Em meio a
toda a crise sanitária, diminuição das vendas e queda no preço dos
combustíveis, Valença enfatiza que os postos têm respeitado todas as
determinações do poder público, principalmente as sanitárias,como forma de
assegurar a integridade dos funcionários e evitar a proliferação do vírus.
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