PRESIDENTE DA APPM AFIRMA QUE QUEDA DE ARRECADAÇÃO DIFICULTA PAGAMENTO DA FOLHA.
FONTE: CIDADE
VERDE
O presidente da Associação Piauiense dos
Municípios (APPM), prefeito Jonas Moura, afirmou nesta terça-feira (21) que o
pagamento do funcionalismo municipal terá dificuldades mesmo com a recomposição
do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) feita pela União.
“Os
prefeitos hoje estão com muita preocupação de como segurar isso, como fazer
suas folhas de pagamento para o mês de maio, junho e ainda sem sabermos até
quando vai essa questão da pandemia e até quando nós vamos voltar a normalidade
do comércio, da economia”, disse
O
prefeito alerta que a arrecadação de impostos como ICMS, IPTU e o ISS terá
perdas e assinala para a manutenção dos gastos fixos mesmo em período de
isolamento social.
“É
uma preocupação que nós temos muito grande. Mesmo recompondo o FPM as outras
arrecadações vão cair muito e aí nós vamos ter dificuldade de honrar. O alerta
é que os prefeitos pé no chão para olhar o seus orçamentos, olhar suas finanças
muito de perto. Não criar expectativa, e uma transparência muito grande com a
população, com o governo do estado, com o governo federal”.
Jonas
Moura informou que há expectativa para os municípios de que os valores do FPM
já estejam complementados até o dia 25 de abril. A parcela de complementação
ainda é referente a 2019. Ainda segundo a APPM, a arrecadação do ICMS sofreu
queda de 54%.
Isolamento no
interior
O
presidente da APPM falou ainda da dificuldade de manter o isolamento da
população nos municípios do interior do Piauí. Ele disse que nos municípios o
índice médio de isolamento chega a 52%.
“É
aqui onde o prefeito é pressionado para abrir o comércio, é aqui que ele é
pressionado para não abrir, com medo da pandemia . É aqui que a gente sente o
calor da pressão muito de perto”, disse.
Jonas
Moura comentou sobre os repasses do Ministério da Saúde aos municípios e da
cobrança da população pelos recursos. “São valores, obviamente insuficientes e
veio numa hora muito complicada”, afirmou. “Temos hoje uma dificuldade muito
grande para adquirir EPIs”, apontou o prefeito que reclamou do aumento dos custos
de materiais para as prefeituras. Ele cita que um álcool em gel antes custava
R$ 7 agora custa R$ 20 para um município.
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