SAF APRESENTA PROGRAMA EMERGENCIAL DE ENFRENTAMENTO À COVID-19
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AÇÕES VOLTADAS PARA O CAMPO ·
A Secretaria da Agricultura Familiar, realizou uma série de reuniões por
meio de videoconferências durante a última semana, com gestores e equipe
técnica, representantes dos movimentos sociais, entidades e integrantes da Rede
Parlamentar da Agricultura Familiar, os deputados estaduais Francisco Limma e
Elisângela Moura, oportunidades nas quais foram discutidas ações emergenciais
voltadas para o campo por conta da pandemia de Covid-19.
O secretário de Agricultura Familiar, Hérbert Buenos Aires, frisou que
debater as propostas com os diversos setores ligados à agricultura familiar foi
uma decisão da equipe, já que o Estado tem uma parcela significativa da sua
população que vive no campo e que enfrenta um momento muito difícil, devido à
pandemia causada pela Covid-19. “Além das dificuldades em relação aos riscos de
contrair a doença, temos que levar em consideração a suspensão das feiras, que
são canais de comercialização tradicionais dos produtores. Também estamos com
as aulas suspensas, o que compromete outro canal de vendas. O governo, por meio
da SAF, entende que há a necessidade de enfrentar este problema e apoiar estas
famílias. Neste sentido, após as discussões, apresentamos ao governador
Wellington Dias, o programa emergencial composto de propostas de várias ações
envolvendo os governos estadual, federal e apoio do Banco Mundial”, explicou.
O deputado estadual Francisco Limma destacou a última videoconferência
com a SAF para do plano emergencial, quando foram ouvidas 22 entidades, entre
elas a Fetag, Pastoral da Terra, União Municipal de Mulheres de Batalha,
sindicatos, Movimento de Pequenos Agricultores, Centro de Educação Ambiental e
Assessoria (CEAA), Movimento dos Atingidos por Barragens, Centro Cocais. Foram
maneiras de integrar as ações de combate ao coronavírus. “Precisamos pautar a
necessidade da família agricultora familiar desenvolver suas atividades ou de
receberem o apoio do governo a fim de garantir a sua segurança alimentar e o
mínimo de condições para sobreviver em tempo de pandemia”, ressaltou o
parlamentar.
A coordenadora do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Maria Cazé,
avalia como muito positivo o resultado das videoconferências por suas
iniciativas importantes, decididas com as várias organizações de agricultores e
agricultoras, extrativistas do Piauí. “A participação dos povos do campo, das
águas, das florestas, como falamos, é extremamente importante, assim como as
organizações que prestam assistência técnica. Quero ressaltar que a Secretaria
de Agricultura Familiar largou na frente, desempenhando um papel fundamental,
desde a organização da produção, comercialização e também pautando o PAA
(Programa de Aquisição de Alimentos)”, elogiou.
O secretário frisou que os projetos foram apresentados às devidas
instâncias em busca de financiamento e que a maioria das ações consiste na
possibilidade de comprar produtos da agricultura familiar de quem está com
dificuldade de comercialização e fazer doação para famílias em situação de
risco alimentar. A proposta foi direcionada ao Ministério da Cidadania e
solicita suplemento de recursos por meio do PAA Federal para atender 6.500
agricultores com a compra de produtos e distribuição dos alimentos adquiridos
de 21 mil famílias de agricultores. Foi solicitada ainda a apreciação de
proposta similar no âmbito do estado.
Foram encaminhados quatro projetos para o Banco Mundial propondo a
utilização de recursos de financiamentos já existentes, por meio da Secretaria
de Estado do Planejamento (Seplan), que é a coordenadora das ações financiadas
pelo do Banco Mundial no Piauí. As ações consistem em compra de alimentos, por
um lado, e distribuição, por outro, para as famílias em situação de insegurança
alimentar.
Outra ação proposta para o Banco Mundial é o financiamento da compra de
leite de agricultores familiares da região Norte do estado que irá possibilitar
a doação de um litro de leite por dia, atendendo 9.180 famílias daquela região.
A Secretaria de Agricultura Familiar propõe ainda o projeto “Mãos que
Ajudam”, apoiando grupos de produção da agricultura familiar que já trabalham
com costura. A meta é produzir 500 mil máscaras e aproximadamente 50 mil
jalecos, que fazem parte dos equipamentos de proteção individual (EPIs). 30% da
produção seria doada para hospitais e para os municípios onde as costureiras
estão localizadas.
A interiorização da venda de cestas de produtos saudáveis por meio do
sistema Drive Thru, encomendadas com antecedência e entregues em local
determinado dentro dos carros aos consumidores, que já foi realizada na capital
e avaliada como positiva, também está entre as propostas apresentadas.
A equipe da SAF
encaminhou o documento para o Governo do Estado e as outras instâncias e
aguarda resposta para que possam implementá- las. Segundo Hérbert Buenos Aires,
se todas ações forem aprovadas, mais de 60 mil famílias serão beneficiadas no
Piauí. “Enquanto aguardamos a análise do Programa Emergencial, vamos dando
continuidade ao projeto da comercialização de produtos agroecológicos por meio
do Drive Thru em alguns municípios. Também estamos engajados no
trabalho de informar às famílias para que elas consigam aderir ao auxílio
emergencial do governo federal que, neste contexto, pode ajudar aquelas que
estão em situação de insegurança alimentar”, concluiu o secretário
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