FILHO DE DELEGADO, DE 2 ANOS, MORRE ENGASGADO COM TAMPA DE GARRAFA PET
O delegado Carlos Alberto Gomes Pereira Filho escreveu uma
carta enviada à imprensa na terça-feira (11/1)
Um menino de 2 anos, filho do delegado da Polícia
Civil do Amapá Carlos Alberto Gomes Pereira Filho, morreu engasgado
com uma tampa de garrafa pet, em Macapá,
na última sexta-feira (7/1). O pai se pronunciou sobre o caso pela primeira vez
na terça-feira (11/1), por meio de uma carta de esclarecimento enviada à
imprensa.
No documento, ele responde às criticas que recebeu,
proferidas especialmente pelas redes sociais e pela família materna da criança.
O delegado ressalta que fez tudo o que estava ao seu alcance
para salvar o filho. Ele também afirma sofrer com as acusações de negligência
sobre a morte da criança. Os dois estavam sozinhos no momento do acidente.
“Eu fiz de tudo para salvar a vida do meu filho. Quando ele
engoliu a tampinha, estava próximo de mim, e o fez no momento em que eu estava
organizando as coisas pós-almoço. Não houve falta de cuidado, ele estava sendo
monitorado”, disse o pai.
Carlos Alberto afirmou que organizava a casa quando percebeu
que o filho ficou em silêncio e que a criança não estava se mexendo. “Assustado
e sozinho, tentei identificar o que estava ocorrendo, mas, no momento de
desespero, não consegui entender ou detectar o motivo. A reação que consegui
ter naquele momento foi checar os sinais vitais, que estavam presentes”,
relatou.
Ele disse que levou a criança à unidade de saúde mais
próxima. “Lá chegando, o médico imediatamente o atendeu. A equipe médica optou
por chamar o Samu, que chegou após aproximadamente 30 minutos, o que aumentou
ainda mais a minha angústia, já que não sabia o que estava acontecendo com o
meu filho. Após a sua chegada, a equipe do Samu rapidamente identificou o
problema e retirou uma tampinha de garrafa pet das vias aéreas do meu filho.
Infelizmente, ele já não apresentava mais sinais vitais”, escreveu.
Na carta, ele explica que não compareceu ao velório e ao
enterro do filho em razão das ameaças que estava sofrendo e para não gerar
desconforto maior com sua presença no local. Carlos Alberto também esclareceu
que demorou para se pronunciar devido ao desgaste mental com toda a situação.
“Quero, na oportunidade, me solidarizar verdadeiramente com a
família. Mas quero que não se esqueçam que eu também sou a família. Todos estão
sofrendo muito, jamais em minha vida gostaria que isso tivesse ocorrido. Não
desejo isso a ninguém, eu era o maior interessado em ver meu filho bem. Mas não
se esqueçam que sou um pai que assistiu ao seu filho morrer. Não quero dizer
que minha dor é maior que a de ninguém, mas também não é a menor”, declarou o
delegado.
METRÓPOLE
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