MICOSE, CASPA E DOENÇAS DE PELE PODEM SURGIR POR COMPARTILHAR CAPACETE.

O uso frequente de capacetes não higieniza dos aumenta significativamente o risco de doenças dermatológicas.

Com a popularização e facilidade dos aplicativos de corrida, especial mente os que oferecem a modalidade de transporte por motocicleta, muitas pessoas passaram a adotar esse meio de locomoção rápido e econômico. Porém, visando o custo reduzido da viagem, é comum que passageiros deixem de se atentar às condições de higiene dos capacetes, item compartilhado que, sem os devidos cuidados, pode representar sé rios riscos à saúde do couro cabeludo e da pele.

A dermatologista Yáscarah Amâncio ex plica que, como os capacetes utilizados por mototaxistas ou motociclistas de aplicativo são de uso coletivo, tornam-se ambientes propícios para a proliferação de infecções.

Mesmo sendo um item individual, que requer higienização adequada, o risco de infecção já existe. Imagine, então, quando o capacete é compartilhado. Os riscos aumentam ainda mais, principalmente porque não se sabe como, por quem, e se o equipamento foi higienizadoYáscarah Amânciodermatologista

Entre os principais riscos do uso de capacetes compartilhados estão as infecções fúngicas, bacterianas e parasitárias. O agente infeccioso pode se alojar no couro cabeludo, facilitando a transmissão. A infecção fúngica mais comum é a tinea corporis, uma micose que se manifesta com placas arredondadas e escamosas, podendo causar vermelhidão e coceira. É altamente contagiosa e pode surgir no couro cabeludo, face, tronco e outras regiões quentes e úmidas do corpo.

Outro problema frequente é a dermatite seborreica, uma condição crônica que provoca manchas vermelhas e descamativas na pele, especialmente no couro cabeludo, mas que também pode afetar o rosto, peito e costas. A condição pode causar caspa e ser agravada pelo uso de capacetes em más condições de higiene.

“Se o paciente já apresenta essa condição, o ambiente abafado e úmido do capacete pode piorar o quadro. Além disso, pode haver dermatite de contato, provocando irritação, coceira e descamação, o que gera desconforto e, muitas vezes, piora progressiva do problema”, explica Yáscarah.
Jailson Soares/ODIAMicose, caspa e coceira, problemas de pele que podem surgir ao compartilhar capacete

A irritação pode ser imediata, mas as lesões mais visíveis, como manchas vermelhas, podem demorar a surgir. O uso frequente de capacetes não higieniza dos aumenta significativamente o risco.

Como forma de prevenção, muitas pessoas recorrem ao uso de toucas descartáveis ou de tecido. No entanto, a dermatologista alerta que apenas o uso dessas barreiras não é suficiente. Toucas descartáveis não devem ser reutiliza das, e as de tecido devem ser lavadas ou expostas ao sol após o uso, para evitar o acúmulo de suor e micro-organismos.

“Essas barreiras ajudam a reduzir o contato do couro cabeludo com a espuma in terna do capacete, o que é essencial tanto por questões de higiene quanto de prevenção de doenças”, destaca.

Para mototaxistas e motociclistas de aplicativo, a orientação é higienizar os capacetes sempre que possível, preferencial mente entre uma corrida e outra, utilizando álcool 70%. Caso isso não seja viável, a limpeza deve ser feita ao final do dia. “Se não for possível realizar uma higiene completa com frequência, o uso do álcool já ajuda a controlar o ambiente interno do capacete”, reforça Yáscarah.

Se houver suspeita de alguma infecção ou problema de pele, é funda mental procurar um dermatologista para avaliação e tratamento, que pode incluir desde medidas tópicas até me dicação oral, conforme o diagnóstico.

O DIA.COM - TERESINA

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