PREFEITURA ENCAMINHA OFÍCIO PARA ENTIDADES MÉDICAS SOBRE TRATAMENTO DA COVID-19
Os ofícios
foram encaminhados para a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
Fonte:
Assessoria de comunicação PMT
A Prefeitura de Teresina encaminhou
ofício direcionado à entidades médicas regionais e nacionais em relação ao
protocolo utilizado para o tratamento dos pacientes vítimas da Covid-19. O
documento vem no sentido de solicitar o posicionamento das entidades acerca dos
critérios médicos e científicos que a Prefeitura deve seguir para melhor tratar
a saúde da população.
Os ofícios foram encaminhados para o
Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Sociedade Brasileira de
Infectologia (SBI), com cópia também ao Conselho Regional de Medicina do Piauí,
Conselho Federal de Medicina, Ministério Público Federal e Estadual. De acordo
com o secretário municipal de Governo, Fernando Said, a medida se deu em razão
da repercussão social em relação aos atendimentos.
“Cientes de que muitos desses
posicionamentos veiculados tornam-se de conhecimento e repercussão pública, e,
em muitos casos, carecem de base técnico-científica, a Prefeitura tem
priorizado a adoção de critérios baseados em orientações e recomendações dos
órgãos e instituições representativos de todos os segmentos que possam
contribuir para o enfrentamento da crise gerada pela pandemia, especialmente,
do melhor conhecimento e práticas médicas disponíveis”, pontua.
A Prefeitura de Teresina, através do
Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE), desenvolveu e
publicou, no dia 14 de abril, um protocolo clínico para manejo de pacientes
adultos com infecção pelo novo coronavírus (SARSCoV-2) para uso na rede pública
de saúde.
O protocolo deixa claro que não há
evidências robustas de ensaios clínicos controlados que embasem recomendação
universal de tratamento específico para a Covid-19 e que o uso de
hidroxicloroquina, associada à azitromicina, será facultado ao médico, em
determinados cenários clínicos, considerando os resultados dos poucos trabalhos
realizados até o presente, a indisponibilidade de melhores opções terapêuticas
para essa infecção viral com reconhecido potencial de letalidade até o presente
momento e amparado pelo parecer conjunto do CRM-PI das Câmaras Técnicas de
Infectologia e de Medicina Intensiva do Conselho Regional de Medicina do Piauí
e parecer do CFM.
Uso da Cloroquina
Washington Bonfim, que integra o
Comitê Gestor, explica que o protocolo utilizado pela Prefeitura já utiliza
cloroquina, apesar de benefícios limítrofes, mas sempre atendendo a critérios
de segurança, e que o protocolo prevê também o uso de corticóides, com
critérios e em momentos bem específicos. “O COE entende que esse tipo de
medicação segue critérios bem definidos porque aumenta o risco de morte por infarto,
derrame e diabetes. E, anticoagulantes são usados em casos de formação de
coágulos pelo corpo há mais de 30 anos, mas sempre observando diversos exames
laboratoriais que atestam segurança para o uso das referidas medicações”,
destaca.
Nos ofícios, a Prefeitura destaca que
devido as repercussões, um grupo de médicos piauienses desenvolveu e apresentou
um outro protocolo de atendimento e vem atuando publicamente para que os
procedimentos indicados por eles sejam adotados na rede pública de saúde.
“Em razão desse fato, o COE estadual
já se manifestou informando o protocolo que utiliza baseado em recomendações do
Ministério da Saúde, das Sociedades Médicas pertinentes e em medicina baseada
em evidências. É para salvaguadar a adoção da melhor prática a ser adotada em
benefício da saúde da população, que estamos solicitando esses posicionamentos
dessas entidades para que a gente possa definir os critérios que a Prefeitura
deve seguir para tratar a população”, frisou Fernando Said.
Confira
AQUI os ofícios:
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